Familiares do advogado italiano Carlo Cicchelli, assassinado em Maceió, prestaram depoimento à delegada Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios, na manhã desta sexta-feira (23) e, em seguida, estiveram no IML de Maceió para receber os restos mortais da vítima.

Em entrevista à imprensa após os depoimentos, a delegada afirmou que, para a polícia, o homicídio não foi motivado por dinheiro. As investigações apontam ainda que a namorada da vítima, Clea Fernanda Máximo da Silva, ré confessa, agiu sozinha: “Não há nenhum elemento que demonstre a participação de uma terceira pessoa”.

Para a delegada, o crime foi motivado e cometido com "crueldade", talvez durante uma briga entre o casal. Ela adiantou ainda que Clea deve ser indiciada nos próximos dias por homicídio qualificado.

Conforme Rosimeire Vieira, o irmão da vítima reforçou que a acusada se passou por Carlo em conversas no Whatsapp e, em razão disso, ele chegou a fazer transferências em dinheiro para ela. “Os depoimentos foram importantes para que possamos entender a relação do casal e esclarecer a motivação do crime”, completou a delegada.

De acordo com o laudo do IML, Carlo Cicchelli morreu vítima de agressão por arma branca. Em estado de esqueletização, o corpo deu entrada no Instituto no dia 05 deste mês.

Após confessar ter matado o italiano no dia 27 de setembro e escondido o corpo por mais de um mês na residência alugada onde o casal morava, na Ponta Grossa, Clea afirmou, em depoimento, que era vítima de violência doméstica por parte do italiano, o que teria motivado o crime.