Após quase um ano do assassinato do vereador do município de Batalha, Tony Carlos Silva de Medeiros, também conhecido como Tony Pretinho, a advogada Mabylla Loriato, da família de José Márcio Cavalcante, o “Baixinho Boiadeiro”, contou à reportagem do Cada Minuto, nesta quarta-feira (14), que o resultado da perícia de balística "inocenta" seu cliente.

Segundo ela, a perícia comprovou que o tiro que vitimou Tony Pretinho não saiu da arma de Baixinho, uma 45mm. Já a arma usada no assassinato do vereador foi uma de calibre 9mm.

“Nós estamos confiantes que pelo menos essa acusação com relação a questão do Tony vai ser revertida porque nós estamos comprovando que ele não tem nada a ver com aquela pistola 9mm”, afirmou Mabylla. A defesa ainda acrescentou que irá solicitar a revogação do pedido de prisão de Baixinho Boiadeiro ao juiz responsável pelo caso.

Questionada sobre o sentimento da família do Baixinho Boiadeiro com o laudo da perícia de balística, Mabylla informou que hoje a felicidade é muito grande. “Nós requeremos três vezes à juíza, nós tivemos que recorrer aos tribunais. Tivemos uma série de situações até conseguirmos a autorização para que a perícia fosse realizada. Tudo era negado. Então, esta foi a primeira conquista da defesa. A gente tem uma expectativa muito grande porque agora, como nós conseguimos provar que ele [Baixinho] não tem vínculo com a 9mm, agora eles [a Justiça] começam a ver as outras questões que estão sendo levantadas pela defesa”, comentou a advogada.

“Faz toda a diferença para nós, que é onde a história começou a mudar o rumo que estava tomando. Então, por isso tornou-se tão significativo”, finalizou.

O caso

Em fevereiro deste ano, a justiça decretou que  José Márcio Cavalcante, conhecido como “Baixinho Boiadeiro”, apontado pela polícia alagoana como autor do assassinato do vereador Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho, ocorrido em 15 de dezembro de 2017, se encontrava foragido. 

De acordo com a polícia, as motivações da morte seriam o fato de o suspeito achar que Tony Pretinho teria ligação com a morte de seu pai, o vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro.

Os acusados de efetuar mais de 15 disparos utilizaram uma arma de fogo de 9 mm e uma de calibre 12mm. O vereador foi alvejado com disparos de arma de fogo em frente à casa onde morava, no Centro da cidade.

Tony Pretinho também trabalhava como agente penitenciário, no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, e era compadre de Baixinho Boiadeiro.

*Estagiária sob supervisão da editoria