A família de José Márcio Cavalcante, o “Baixinho Boiadeiro”, entregou na manhã desta segunda-feira (12), a arma de Baixinho para realização da perícia balística, no Instituto de Criminalística (IC). Segundo a advogada da família, Mabylla Loriato, ainda não há previsão de quando o exame vai ser realizado.
A advogada contou que o Instituto solicitou que fosse expedido outro ofício especificando qual exame deve ser realizado. "Até agora não iniciou o exame. Solicitaram outro ofício, o delegado enviou, mas o diretor do IC disse que não recebeu o e-mail. Estamos aguardando".
Loriato disse ainda que, com a perícia, é possível provar que o tiro que vítimou o vereador de Batalha Tony Carlos Silva de Medeiros não saiu da arma de Baixinho Boiadeiro. "Desde o começo do processo, estamos tentando provar. Somente agora, com a oportunidade de realizar o exame, entregamos a arma para provar a inocência de Baixinho", finalizou.
Caso Tony Pretinho
Em fevereiro deste ano, a justiça decretou que José Márcio Cavalcante, conhecido como “Baixinho Boiadeiro”, apontado pela polícia alagoana como autor do assassinato do vereador Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho, ocorrido em 15 de dezembro de 2017, se encontrava foragido.
De acordo com a polícia, as motivações da morte seriam o fato de o suspeito achar que Tony Pretinho teria ligação com a morte de seu pai, o vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro.
Os acusados de efetuar mais de 15 disparos utilizaram uma arma de fogo de 9 mm e uma de calibre 12mm. O vereador foi alvejado com disparos de arma de fogo em frente à casa onde morava, no Centro da cidade. Tony Pretinho também trabalhava como agente penitenciário, no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, e era compadre de Baixinho Boiadeiro.
Em março, em cumprimento de mandado de prisão, as polícias Civis de Alagoas e Santa Catarina prenderam André Souza dos Santos, conhecido como “André barba”. O preso é suspeito de ter participação no homicídio de “Tony Pretinho”.
O advogado de defesa de André Santos, Marcos Ernesto, ressalta que “foi informado pela polícia que este teria tomado destino ignorado, encontrando-se à época na cidade de Brusque, em Santa Catarina, quando também soube que este seria um possível risco à aplicação da lei penal, porém a defesa ressalta que as provas dos autos o nome de André apenas veio a ser mencionado no dia 05 de março, porém o mesmo estava desde 2017 no sul do país com sua família, de maneira que no processo consta a comprovação da sua CTPS anotada com data anterior à citação indevida do seu nome no processo”.
A defesa ainda afirma que “na verdade André Souza Santos, em sede policial jamais teve seus direitos constitucionais respeitados e que a justiça está próxima de ser esclarecida”, concluiu Marcos Ernesto.
*Estagiária sob a supervisão da editoria