A alagoana Clea Fernanda Máximo da Silva, acusada de assassinar o namorado italiano Carlo Cicchelli, afirmou que agiu para se livrar da violência da qual era vítima e que o companheiro pretendia realizar um ritual de magia negra antes de ser morto. Ela foi ouvida nesta terça-feira (06) pela delegada Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios.

Em entrevista à TV Ponta Verde, a delegada detalhou alguns pontos do depoimento, onde Clea contou que assassinou o companheiro no dia 26 de setembro deste ano, em um momento de fúria, devido ao fato de ter sido diversas vezes vítima de violência física e psicológica por parte do italiano, inclusive no dia do homicídio.

“Ela insiste que cometeu o crime sozinha e que tinha intenção de confessá-lo, por isso não se livrou do corpo... Contou que aproveitou a oportunidade que teve de se livrar da violência”, explicou a delegada.

A acusada relatou também que, no momento do homicídio, o italiano estava deitado e pretendia fazer um ritual de magia negra. “São pontos a serem esclarecidos ainda. Ela contou até que ele pediu para que ela fizesse isso”, disse Rosimeire, acrescentando que o corpo estava com os pés e mãos amarrados.

A delegada acrescentou que ainda ouvirá os vizinhos do casal e o filho de Cléa, um adolescente de 14 anos, que teria convivido na residência com a mãe e o corpo. No depoimento, a mulher garantiu que o menor não estava em casa no momento do homicídio, nem sabia do corpo. Para ele, a acusada contou que Carlo havia viajado.

Questionada sobre o mau cheiro no local, Clea relatou à delegada que usou alguns produtos químicos e até carvão na tentativa de disfarçar o odor.

*Com TV Ponta Verde