A saída do senador Fernando Collor (PTC) da disputa pelo governo de Alagoas apenas antecipou o que era previsto. Ou seja, desde que não ocorra qualquer tempestade fora dos radares meteorológicos, Renan Filho (MDB) será reeleito.
Fato é que esta eleição para governador se dará por WO. Renan Filho já pode mandar preparar os convites para a nova posse, começar a pensar no secretariado e manter o planejamento de voos mais altos para 2022: Senado ou o plano principal: ocupar, em Brasília, um dos dois palácios (presidente ou vice).
É voz corrente no mundo político que o segundo mandato é sempre ruim. Mas isso não é regra e há uma minoria de exceções. Entretanto, se não tiver humildade e simplicidade, caneta bem equilibrada entre os dedos, paciência para escutar e muita determinação tudo o que foi construído pode ser perdido rapidamente.
Mesmo assim, ninguém pode garantir que tudo irá ocorrer como uma reta perfeita, sem que ocorram pontos fora da curva, imperfeições, e que chegará ao fim do segundo mandato da mesma forma que agora conclui o primeiro, bem avaliado.
É que mesmo que tudo seja feito certinho, como manda o figurino, ninguém consegue controlar todos os desejos e ambições que envolvem o mundo da política, os acordos e acertos, os planos e os imprevistos que alteram todo o quadro.
EM TEMPO:
Parte do que foi dito acima serve para o senador Fernando Collor. Erra quem pensa que ele chegou ao fim. Político profissional movido pelo discurso emotivo, pelo contato físico com o eleitor - mesmo que esporadicamente, só para quando é impedido pelo ‘tempo’.
O que hoje aparece turvo poderá estar límpido em 2022. Alianças desfeitas em um processo eleitoral podem ser reconstruídas em outro instante, de acordo com as conveniências do momento.
O relógio do tempo para 2022 já começou a andar com as consequências, mudanças e implicações causadas pela desistência de Collor.
Simples assim.