Uma megaoperação realizada nesta sexta-feira, dia 24, pela Polícia Civil em Alagoas e outros 16 estados para combater o feminicídio e homicídio (tentados e consumados) prendeu 13 pessoas em nosso Estado. Até o início da tarde cerca de 643 pessoas foram presas em todo o país e 61 adolescentes foram apreendidos. Quase 5 mil policiais civis em todo o país cumprem mandados de prisão. Um novo balanço deverá ser divulgado ainda nesta sexta-feira.
O presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis, delegado Emerson Wendt, informou que mais de mil prisões devem ser feitas até o final do dia. “O que estamos fazendo hoje é um esforço concentrado no combate ao feminicídio.”
A Operação Cronos tem o apoio do Ministério da Segurança Pública e é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis. A ação foi definida em julho, durante reunião com o ministro Raul Jungmann.
Segundo o ministro, essa megaoperação é o exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a violência, especialmente, o feminicídio e garantir as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.
As investigações também contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados. “Quando ocorrer um estupro, um feminicídio, é possível fazer a comparação do material genético encontrado na cena do crime com os DNAs”, disse Jungmann. “Dá velocidade, precisão, e permite a elucidação de crimes.”
O nome da operação, Cronos, é uma referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime.
*Com Agência Brasil