Cumprindo pena no regime semiaberto, o ex-policial militar, Raimundo Edson da Silva Medeiros, mais conhecido como Sargento Medeiros, acabou preso depois que a Polícia Civil o identificou como o líder de uma quadrilha especializada em roubos de carros em Maceió. Além dele, outras três pessoas também foram presas.

O estava sendo monitorado pelos policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de Carga, da Polícia Civil, depois do roubo de uma Amarok, seguindo de uma extorsão da vítima, que foi obrigada a passar para os criminosos uma quantia de mais de R$ 30 mil que recebeu de indenização.

Apesar de ter identificado os acusados, a Polícia Civil conseguiu recuperar apenas o veículo da vítima, que no dia do roubo teve sua residência invadida pela quadrilha. Segundo a Polícia, os acusados ainda fizeram a vítima assinar um recibo de transferência de posse do veículo.

Além do Sargento Medeiros, foram presos ex-soldado reformado Luciano Rodrigo Quintela de Lima, Tiago da Silva Tenório e Edison Silva dos Santos. A Polícia investiga agora a participação e outras pessoas nos crimes.

 Sargento Medeiros deixou o sistema prisional em 2016, após cumprir um sexto da pena, a qual foi condenado. Medeiros foi preso pela Polícia Federal acusado de diversos assassinatos e cumpriu uma parte da pena detido em um presídio federal a pedido dos magistrados integrantes da 17º Vara Criminal da Capital. Ele conseguiu fugir da carceragem da Polícia Federal em 2006 e foi recapturado em 2008 escondido em um fundo falso de uma armário, na residência da irmã.

Os crimes praticados por eles foram registrados nos estado de Alagoas e Pernambuco. O ex-militar é acusado de participar de cerca de 30 assassinatos, entre eles o do promotor de Justiça da cidade de Água Preta, interior de Pernambuco, Rossini Couto crime registrado naquele estado e que contou com a participação do ex-PM José Ivan Marques de Assis, condenado a 24 anos de prisão e de Sivonaldo Leobino da Silva, condenado a 20 anos de prisão.

Medeiros também é suspeito de ter participação indireta na execução do assessor parlamentar Cícero Sales Belém em novembro de 2005 em um dos trechos da Avenida Durval de Góes Monteiro em Maceió, após a vítima deixar a residência do deputado Fernando Tenório, no Condomínio Aldebaran.

Junto com Cícero, que era acusado de vários assassinatos em Alagoas, também foi morto o estudante José Alfredo Tenório Filho. Com as investigações,  a polícia concluiu que os matadores foram José Antônio Alves da Silva, José Cícero Moraes Costa Cavalcante e Agilberto Júnior dos Santos, o Júnior Tenório - também conhecido por "Junior Cicatriz", responde o processo em separado e está preso em um presídio federal, fora de Alagoas, por outros crimes.