O superintendente da Polícia Federal, Rolando Alexandre, informou durante a coletiva à imprensa na manhã desta terça-feira (17) que os líderes da organização criminosa que atuava em crimes de furto e receptação de cargas e caminhões eram de São Paulo e contavam com os caminhoneiros de Alagoas que participavam do esquema. No Estado, as investigações começaram após o roubo de carga da Sococo [ocorrida no ano passado].

Ainda conforme Rolando, os líderes comandavam de São Paulo, mas havia co-líderes em vários estados, inclusive em Alagoas.

O superintendente explicou que era feita uma triagem para selecionar motoristas que se interessavam pelo esquema de roubo e que conseguiriam enfrentar interrogatórios. “O pagamento dos motoristas era o caminhão [a organização mudava o chassis] ou uma porcentagem da carga”, explicou Rolando.

Além disto, após a seleção dos motoristas, eram instalados bloqueadores de sinal nos caminhões e os condutores davam queixa de roubo de carga.

“Os motoristas ficavam incomunicáveis durante o período que a organização criminosa colocava a carga em depósitos e depois reapareciam falando do roubo. A mercadoria era revendida e na maioria dos casos, eles já tinham compradores prontos”, ressaltou o superintendente.

As mercadorias incluíam eletrodomésticos, comida, entre outros. Ao todo, foram 173 mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió/AL, sendo 106 mandados de busca e apreensão, 64 mandados de prisão e 03 mandados de interdição de empresas envolvidas em receptação de mercadorias.

Os presos foram encaminhados para o Sistema Prisional e não tiveram os nomes divulgados.

*Estagiária