Duas irmãs gêmeas, de 13 anos, foram abusadas sexualmente pelo padrasto, em Maceió. O homem, de 31 anos, foi preso, mas nao teve a identidade revelada. Exames do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram o crime.

As meninas, criadas pela avó paterna após a separação dos pais, tinham o sonho de conviver com a mãe biológica e, por conta própria, deixaram a residência da avó para morar com a mãe e o padrasto.

De acordo com as vítimas, o acusado tentava agradá-las com presentes. “Ele me deu carinho, abraço, me pegava no colo e me beijava e eu nunca gostei disso. Começaram a me ameaçar, que não era pra eu falar para alguém. Eu poderia até morrer. Tudo isso acontecia na frente da minha mãe e ela vinha reclamar dizendo que eu dava ousadia”, contou uma das meninas.

A outra irmã relatou que já chegou a ser drogada pelo padrasto antes de sofrer o abuso sexual. “Quando eu bebi a água já fiquei tonta e comecei a me agarrar na parede. Adormeci e caí na cama e não percebi mais nada. No outro dia comecei a perceber que havia sido abusada por ele”, informou a menina.

Desconfiada da situação, a avó paterna das gêmeas percebeu que as netas estavam tristes, sem animação e não conversavam. “Pedi para contar o que estava acontecendo e elas não quiseram contar de primeira, mas depois falaram que estavam sendo ameaçadas pelos dois, por isso não queriam me dizer ou ao pai delas”, relata a avó.

A avó denunciou o caso à polícia e, apesar dos exames afirmarem o crime, o suspeito nega que teve relações sexuais com as menores.

Segundo Adriana Gusmão, delegada dos Crimes contra a Criança e o Adolescente, o homem será, possivelmente, denunciado pela Justiça criminal. “Ele nega os atos de abuso sexual, mas chegou a relatar alguns fatos que denotam pedofilia. Ele chegou a dizer que as meninas andavam com poucas roupas em casa, e que queriam dormir na cama. Ele relatou como se fosse uma coisa normal para o convívio dentro da família. A mãe das meninas também foi ouvida pela polícia e aparenta ter distúrbios mentais”, afirmou.

As adolescentes voltaram a morar com a avó paterna e estão recebendo acompanhamento profissional para tentar superar o trauma.

*Estagiária com Aqui Acontece