O ex-prefeito de Mata Grande Jacob Brandão é apontado pelo Grupo de Ação Estadual de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) de ter comandado um esquema fraudulento dentro da prefeitura que chegou ao desvio de R$ 12 milhões somente com a locação de veículos.

A Operação Ànomos, foi deflagrada nesta quarta-feira (11) e cumpre mandados de prisão em Maceió e também no interior. Os policiais foram às ruas para cumprir sete mandados de prisões preventivas, mais cinco prisões temporárias, todas expedidas pela 17ª Vara Criminal da Capital, em desfavor de Jacob Brandão e mais onze pessoas.

Jacob utiliza empresas fantasmas para praticar as fraudes. No esquema criminoso, os supostos proprietários das empresas Genilda Gomes Lima- ME (Ômega Locações), EP Transportes, Transloc Locação e Serviços e Marcelo Calado dos Santos- EPP (Albatroz), todas de fachada, celebravam contratos fictícios com a prefeitura de Mata Grande para a prestação de serviços de locação de veículos com o intuito de desviar recursos públicos. Segundo os promotores de Justiça do Gaeco, o desfalque feito nos cofres da prefeitura por Jacob Brandão, em dois anos, o equivalente a R$ 6 milhões, daria para efetuar a compra de 130 Sanderos.

Tais empresas concorriam nas licitações, venciam, e depois sublocavam toda a frota exigida pela prefeitura a pessoas físicas, geralmente parentes e correligionários do prefeito. Nos contratos, ficava um percentual de 40% para o pagamento de quem sublocava os veículos e 60% eram divididos entre o prefeito, o dono da empresa e possíveis atravessadores.

Ás prisões preventivas foram expedidas em desfavor de Jacob Brandão, Daniel Cunha Ramos (cunhado de Jacob), Max Davi Moura Rodrigues, Clériston Marinho Buarque, Carlos Henrique Lisboa da Silva, Antônio José Bento de Melo, Euzébio Vieira de França Neto e Petrúcio José da Silva Filho.

 Já as temporárias foram para Eustáquio Chaves da Silva, Sobrinho de Jacob (ex- diretor executivo da Câmara de Vereadores de Mata Grande), Emernegildo Ramalho Mota (controlador da empresa Transloc),  Genilda Gomes Lima – Ômega Locação e Victor Pontes de Mendonça Melo- controlador da empresa Albatroz – preso pela terceira vez em fraude de licitação.

Algumas pessoas já foram presas e levadas para o Gaeco, mas a operação continua para o cumprimento de buscas e apreensão e outras prisões.

*Com assessoria