Arlene Régis dos Santos, acusada de matar os dois filhos – de 7 e 12 anos – foi levada a júri nesta segunda-feira (19). Ainda não há previsão para o término do julgamento, mas segundo o depoimento do ex-esposo da acusada, Abelardo Pedro Nobre, a mulher apresentava comportamento obsessivo.

Conforme Abelardo, desde que eles eram casados, Arlene mostrava ser uma pessoa “instável” e que em 1997, a acusada apresentou problemas de pele e ferida.

Abelardo também contou que a esposa o perseguia e o ameaçava. Além disto, o ex-marido contou que Arlene já tentou enforcá-lo e que ele chegou a ir à delegacia fazer boletim de ocorrência, mas que não havia escrivão.

O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, do Ministério Público Estadual (MPE) pediu a condenação da ré. Um laudo psiquiátrico constatou que Arlene é portadora de transtorno emocional instável de personalidade, subtipo Borderline. A defesa alegou que a ré seria inimputável.

De acordo com denúncia do Ministério Público, a mulher deu o medicamento Rivotril para os três filhos na noite que antecedeu o crime. Por volta das 3h de 29 de setembro de 2009, Arlene então estrangulou Antony e esfaqueou Abelardo. Ainda começou a estrangular o terceiro filho, Arlanicson Pedro Santos Nobre, então com 15 anos, mas desistiu de concluir o ato quanto a este, e foi absolvida sumariamente.

O Ministério Público afirma que a ré cometeu o crime para se vingar do marido, que a deixou. Foi encontrada uma carta escrita por Arlene para o marido, em que ela confessa os homicídios e indica a motivação.