Acusado pelo assassinato da jovem Bárbara Regina, Otávio Cardoso  alegou inocência durante a audiência de instrução realizada nesta quinta-feira (15), no Fórum de Maceió. O réu participou da sessão por videoconferência, e alega ser inocente desde a prisão, em outubro de 2017, no estado do Mato Grosso. A mãe da vítima deu depoimento e reconheceu o suspeito como o homem que aparece nas imagens do circuito de segurança da boate.

Em seu depoimento, o réu confessor ter utilizado o celular de Bárbara, após ela ter desaparecido, porque teria ficado sem bateria. Disse que a jovem deixou o celular cair no carro, durante a carona que ele deu a ela até o bairro da Ponta Verde. Otávio alegou que inocência e que nunca matou ninguém.

A mãe da estudante, Valéria Leite, também foi ouvida na audiência. Ela reconheceu Otávio como o homem que aparece nas imagens do circuito de segurança da boate e afirmou que Bárbara era uma jovem calma, que gostava de sair com amigas e consumia álcool de forma moderada. Disse também que a filha não tinha envolvimento com nada ilícito e que não era garota de programa.

A audiência é conduzida pelo juiz John Silas da Silva. O réu está detido no Sistema Prisional alagoano e acompanha tudo por videoconferência.

O Crime

Otávio Cardoso é acusado de violentar e matar Bárbara Regina após saírem de uma boate, localizada na Ponta Verde, no dia 1º de setembro de 2012, por volta das 3h. A vítima foi vista saindo do local acompanhada pelo réu na noite do crime. No dia do crime, Bárbara Regina estava acompanhada de amigas, quando teria conhecido o acusado e saído do local com ele, o que ficou comprovado pelas imagens extraídas do circuito de câmeras do estabelecimento. 

O reconhecimento fotográfico feito por todas as amigas da vítima também é apontado um indício de que Otávio foi o homem que saiu com Bárbara da boate e, posteriormente, teria a matado por meio de asfixia e com golpes de punhal. 

De acordo com testemunhas, Otávio teria levado seu carro para um lava-jato dois dias após o crime. O veículo estava completamente sujo de barro e pó de cana, o que leva a crer que foi utilizado para transportar o corpo da vítima até o local onde foi ocultado. O acusado teria ainda confidenciado a um amigo ter assassinado Bárbara.