Maceió estremeceu – e outros abalos

07/03/2018 00:21 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

Terremoto e insanidade. Não sei se entendi direito. Autoridades querem uma investigação da moléstia para botar em cana eventuais responsáveis pelo tremor de terra registrado em Maceió no último sábado, dia 3. Até o governador se pronunciou nesse sentido. Morrendo de medo, os suspeitos devem estar escondidos em lugar inexpugnável – tipo as camadas de placas tectônicas!

 

Assalto e eleição. Desde que inventaram o sistema bancário e a escolha direta de políticos para representar a sociedade, a cada dois anos uma velha pauta retorna aos bastidores ideológicos: ataque a carro forte e a bancos, como se vê agora, é fonte de financiamento de candidatos. Que eu me lembre, isso nunca foi provado até hoje. Mas quem resiste a uma instigante suspeita?

 

Faroeste sertanejo. Numa mostra de incrível resistência cultural, duas famílias que tratam o município de Batalha como propriedade privada revivem, numa só tacada, a gloriosa tradição que amalgama coronelismo e pistolagem. Todos os envolvidos são organicamente íntimos da elite política alagoana – e não adianta disfarçar o indisfarçável. Diplomatas apuram os crimes.

   

Privatize já! Parece que houve a maior zoada em audiência sobre a privatização da Eletrobras, realizada nesta terça-feira em Maceió. Por coincidência, um dia antes, um apagão atormentou moradores de bairros como Trapiche, Vergel, Prado e Ponta Grossa. Durou das nove da manhã às quatro da tarde. Não vi nenhuma explicação da empresa. Tirem isso das mãos do Estado. Logo!

 

Celeiro alagoano. Informa meu colega aqui ao lado, o jornalista Luis Vilar, que o presidente do Partido Novo, João Amoêdo, visita Alagoas nos próximos dias. Costura apoios para sua candidatura a presidente. Com o discurso de “renovação”, ele nos deixa ansiosos para ver as “novidades” alagoanas que serão descobertas pela legenda. O resultado da peneira tem tudo para dar ao país um timaço.

 

Tudo pelo voto. O governador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira examinam – com lupa – o que de fato é prioridade a essa altura na gestão de cada um. O cuidado é compreensível, afinal os dois avaliam tudo segundo as demandas do calendário eleitoral. Com esse foco exclusivo, de nomeações a ordem de serviço, passando por aquisição de remédio, todo esforço é um aceno ao eleitor.

 

Agente duplo. Ainda que o sujeito seja adepto da filosofia antropofágica – que pregava a geleia geral em tudo –, há coisas que não se misturam. Um promotor de justiça, por exemplo, não pode ser advogado nas horas vagas. O mesmo vale para o exercício do jornalismo. Por isso, é nada menos que grotesco que alguém se apresente como “jornalista e publicitário”. O nome disso é pilantragem.

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