1. Quanto mais insana, a ideia parece atrair mais gente. Suspeita-se que esse seja um dos fatores determinantes para o sucesso de Bolsonaro entre os eleitores. Eu só não entendo o que isso tem a ver com esquerda ou direita. Ideologia, para aquele jumento, é resolver as coisas na ponta do fuzil.
2. Não bastassem tantos pedidos para atender, a cada segundo e por toda a eternidade, Deus agora não tem um instante de paz diante dos fiéis no Brasil. É que arrastaram o Todo Poderoso para a guerra suja da política no mundo virtual. Jesus e Nossa Senhora também andam estressadíssimos.
3. Como você sabe, diante da falência da política e da crise de representatividade, todo mundo, incluindo as redes sociais e a imprensa tradicional, está em busca da novidade absoluta. Se é assim, que tal Valéria Monteiro? Suas evidentes qualidades parecem incontestáveis. Ganhou meu voto.
4. A esquerda e a direita cansaram de brigar em torno de Chico Buarque. O motivo da discórdia agora são Anitta e, principalmente, Pablo Vittar. As duas garotas enlouquecem os “críticos”. Aliás, nunca vi tantos liberais & conservadores preocupados com os rumos da cultura musical brasileira.
5. Luciano Huck, o sujeito que pratica asqueroso assistencialismo via televisão, voltou a pintar como candidato a salvador da pátria. Se é para entregar o país à TV Globo, por que intermediários? Vamos eleger nas urnas João Roberto Marinho para presidente do Brasil!
6. Zapeando pelos canais de notícia, esbarramos em peças de autopromoção sobre o jornalismo das emissoras. Em todas as propagandas, um ponto em comum: jovens repórteres exaltam o telefone celular como fator primordial no trabalho que realizam. A vida real, lá fora, não conta.
7. Quando a gente vê juízes fazendo papagaiada, todo santo dia, nas irresistíveis redes sociais, fica a dúvida: afundou o nível na formação dessas categorias ou sempre foi assim e ninguém sabia? Nesse caso, é o que parece, a internet revelou que a suposta seriedade era só fantasia.
8. A antologia de insanidades e papagaiadas, é claro, daria uma lista interminável. Fico por aqui, até porque, enquanto escrevo, o noticiário segue atirando pra todos os lados – e a fábrica de inutilidades não para de ampliar a produção. Mas não acho que seja o fim do mundo. É apenas a vida como ela é: cheia de piadas, de variados estilos e para todos os gostos.