Palavras soltas

03/11/2017 16:32 - Blog do Celio Gomes
Por Redação

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, queria 62 mil reais de salário para sobreviver. No cargo ela recebe apenas a metade desse valor, que é o teto constitucional no serviço público. A ministra chegou a alegar sua condição próxima do trabalho escravo para pleitear o reajuste de cem por cento. Diante da repercussão, desistiu da causa monetária pessoal.

 

O teto salarial é ultrapassado em diversas esferas da vida pública. E ao que parece o problema se dá em escala muito mais alta no Judiciário e no Ministério Público. A ironia é que o drible na lei se concretiza por meio de dispositivos legais. É o que alegam juízes, desembargadores e procuradores quando têm de justificar pagamentos de 500 mil reais num único mês.  

 

Entre um inquérito e outro, ministro do STF e procurador da República distribuem palpites sobre casos sob investigação e opinam sobre os rumos de uma telenovela. São adultos. São autoridades que podem tomar decisões de consequências graves na vida de pessoas. São levadas a sério. Querem até salvar a política com suas próprias candidaturas.

 

Essas palavras soltas não amarram propriamente um tema. É um breve recado depois de três dias ausente. Muita coisa aconteceu pelo mundo, sem dúvida. Nada mais importante, porém, do que a Fátima Bernardes namorando. Ainda não decidi se isso é uma pauta obrigatória. Volto daqui a pouco.

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