Caso Dyllan: mãe e padrasto de criança assassinada ganham liberdade provisória
Nesta quarta-feira, dia 04, o juiz Alfredo dos Santos Mesquita, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca concedeu liberdade provisória ao casal Joyce Silva Soares e Meydson Alysson da Silva Leão, acusados de matar Dyllan Taylor, de 3 anos. O crime ocorreu em janeiro de 2016.
Conforme consta na decisão fica “evidente o constrangimento ilegal na manutenção da prisão dos denunciados, uma vez que estes não podem ser responsabilizados pela ineficiência do Estado, haja vista ser a liberdade a regra, diante do princípio da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana”.
O magistrado, considerando a necessidade de garantir que os mesmos não voltarão a delinquir, aplicou as seguintes medidas cautelares que são a proibição de ausentar-se da Comarca enquanto durar o processo criminal; ficam proibidos de cometer novos delitos; são obrigados a comunicar qualquer mudança de endereço e devem comparecer aos atos para os quais forem intimados.
Segundo o juiz Alfredo Mesquita a audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 25 de janeiro de 2018, às 8horas.
O CASO
De acordo com o relato dos pais, durante a noite, a criança apresentou sinais de inchaço na barriga e por falta de orientação, se dirigiram a uma farmácia no bairro onde compraram um medicamento para gases, indicado pelo proprietário.
Após ingerir o medicamento, de nome não divulgado pelos pais, a criança conseguiu dormir. Na manhã seguinte a mãe achou estranho o filho ainda não estar acordado. Ao chegar no quarto, ela disse já ter encontrado o menino sem vida. Ele apresentava inchaço na barriga e manchas roxas pelo corpo.
A equipe de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e informou aos pais que a criança pode ter falecido em decorrência de uma crise de apendicite.
A versão do casal foi desmentida pelo laudo emitido pelo médico legista do IML que, durante a autópsia, verificou sinais de agressões em várias partes do corpo da criança.
Maydson foi preso no dia 21 de janeiro de 2016 e Joyce no dia 22 de fevereiro do mesmo ano.
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