PF deflagra operação contra fraude de concursos públicos em Alagoas

18/09/2017 07:59 - Polícia
Por Redação com Ascom PF
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 18, a operação Afonta II, que tem como objetivo alcançar outros membros de uma organização criminosa que fraudava concursos públicos em todo o país, com o uso de pontos eletrônicos.

De acordo com a assessoria de Comunicação da PF, a Justiça Federal expediu, somente em Alagoas, um mandado de prisão, nove de busca e apreensão e três de condução coercitiva, nos municípios de Maceió, Marechal Deodoro, União dos Palmares e Arapiraca. Outros mandados foram cumpridos em São Paulo, Campinas, Sorocaba.

A operação teve início após a Polícia Federal solicitar à Fundação Carlos Chagas informações acerca de quais outros certames aqueles indivíduos responsáveis por desviar as provas, chamados de “pilotos”, haviam se inscrito e que fornecesse os gabaritos de respostas de todos os candidatos destes concursos suspeitos.

Os gabaritos passaram por um software desenvolvido pela PF para aplicação em investigações de fraudes em concursos públicos e exames em geral chamado SPADE (Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames).

Finalizada a perícia, constatou-se que a fraude havia sido consumada em 14 certames e que 47 candidatos haviam participado do crime, alguns deles tendo sido habilitados e empossados nos cargos para os quais concorreram. O sistema também encontrou indícios de cópia de respostas entre candidatos em outros 24 certames.

Os candidatos serão indiciados pelo crime previsto no art. 311-A, inciso I, do Código Penal (“Fraudes em certames de interesse público”), cuja pena varia de 1 a 4 anos de reclusão e pelo crime previsto no art. 288 do CP (Associação Criminosa), cuja pena varia de 1 a 3 anos de reclusão.

Continuação

A operação Afronta II é a continuação da operação Afronta, realizada no dia 21 de outubro de 2015, quando foi deflagrada pela Delegacia de Polícia Federal em Sorocaba (SP). Na ocasião, foi apurada a fraude ao concurso público do Tribunal Regional Federal da 3ª Região para os cargos de técnico e analista judiciário.

Foram indiciados nove membros da organização criminosa: o líder do grupo, o técnico responsável pelos equipamentos eletrônicos usados na fraude, quatro pessoas responsáveis pelos desvios das provas, e três pessoas responsáveis por corrigir as questões desviadas. Além disso, foram indiciados doze candidatos que receberam as questões por meio de equipamentos de “ponto eletrônico”, e duas pessoas que também tiveram participação na fraude, embora não fossem membros da organização.

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