O promotor de Justiça André Rabelo disse que vai começar, ainda nesta semana, a analisar o inquérito sobre a morte do empresário que atuava em Alagoas e Penambuco, Sérgio Falcão, de 52 anos. Segundo o promotor, além dos policiais militares que foram indiciados, outras pessoas podem ser denunciadas pelo assassinato.

Segundo o promotor, a delegada Vilaneida Aguiar, falou de possíveis mandantes e da possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas. “Ainda não li, mas vou me debruçar nesse inquérito, que é muito grande, e ao final, posso denunciar mais gente. O que não significa que elas sejam culpadas, mas elas serão investigadas no processo”, ressaltou.

O promotor tem até o dia 28 de setembro para apresentar a denúncia ou solicitar novas diligências, mas garantiu que quer “encerrar o quanto antes”.

Morte encomendada

Um empresário alagoano e o parente do dono da Construtora Falcão, Sérgio Falcão, de 52 anos, são acusados, de acordo com a análise do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), de serem os mandantes do crime, entretanto, não foram indiciados por falta de provas materiais. Porém, dois policiais militares foram indiciados pelo homicídio qualificado de Sérgio Falcão.

A Polícia Civil de Pernambuco concluiu pela quarta vez o inquérito que aponta que foi um assassinato e não suicídio, segundo diz o laudo do Instituto de Criminalística (IC). Falcão atuava em Alagoas e em Pernambuco e deixou vários empreendimentos inacabados em Maceió. O caso completou cinco anos nesta segunda-feira (28).

O caso

O empresário Sérgio Barros Falcão foi encontrado morto em seu apartamento, na Avenida Boa Viagem, área nobre da Zona Sul do Recife. As câmeras de segurança do prédio mostraram o ex-segurança do empresário, um policial militar reformado, chegando de moto ao local e subindo para o apartamento.

A empregada, que estava na casa, disse à polícia que foi trancada na cozinha e ouviu uma discussão e um barulho que, a princípio, não associou a tiro. As câmeras mostraram também o ex-segurança deixando o apartamento e colocando uma pistola na cintura.

Segundo a polícia, a construtora Falcão estava enfrentando problemas financeiros.

*com JC Ronda