Se após uma cirurgia no dentista, fosse possível ter uma recuperação mais rápida, menos dolorosa e com o uso de uma tecnologia mais barata que a tradicional, o que você escolheria? Isso é possível com a aplicação do plasma rico em fibrina (PRF), uma membrana resultante de uma técnica que utiliza o sangue do próprio paciente para a realização de enxertos.
Em Arapiraca, o dentista Ian Mendonça de Assis é o único a utilizar o método, existente há mais de 20 anos, mas que ainda enfrenta a desconfiança dos profissionais da área. “No curso de imersão em técnicas avançadas em regeneração tecidual e óssea utilizando concentrados sanguíneos realizado pela equipe da Brain Storm, no Rio de Janeiro, o dentista aprende a fazer a membrana na centrífuga e utilizá-la de forma adequada a cada caso”, explica.
Os pacientes percebem as vantagens do tratamento com a membrana porque a cicatrização é muito mais rápida porque o biomaterial vem do organismo do próprio indivíduo. Antes do procedimento, é retirado o sangue que é centrifugado de acordo com a finalidade do concentrado. Surge então uma membrana de fibrina rica em plaqueta. O material é, então, inserido no local da cirurgia e ponteado normalmente.
Um dos pacientes do dentista Ian Mendonça, que passou pelo processo de reabilitação com implantes dentários, e foi submetido a dois procedimentos cirúrgicos. “Na primeira etapa, com o método tradicional, fiquei com o rosto inchado e a cicatrização demorou um pouco mais que o planejado, já com a membrana não percebi nenhum inchaço no rosto e a recuperação foi bem mais rápida. Acho que com 24 horas estava semelhante a sete dias da primeira etapa. Tive que ficar de repouso por orientação médica, mas não senti a necessidade devido à boa recuperação”, declarou.
O plasma rico em fibrina pode ser utilizado por qualquer tipo de paciente, principalmente naqueles com dificuldades de cicatrização, como os diabéticos. “Procurei a tecnologia porque desejo ofertar ao paciente do SUS e da rede particular um artifício eficaz, com resultado previsível e de baixo custo, tanto que utilizo em cirurgia de retirada de sisos quanto em cirurgias de implantes dentários”, frisou Ian Mendonça.