Se quiser ter sobrevida, ao PSDB só resta deixar os cargos no governo Michel Temer. Pode até ficar com um pé dentro e outra fora. Ou seja, deixa os cargos visíveis, os ministérios, e mantém os de escalão inferior.
No Congresso Nacional atuaria de forma independente, votando nas propostas que defende, que são aquelas que foram apresentadas pelo partido a Temer, nada mais nada menos do que as reformas trabalhista e previdenciária.
Alguns membros da ala jovem avaliam que se o partido quiser sobreviver tem que desembarcar da base aliada. Um dos líderes do grupo “cabeças-pretas”, o deputado Daniel Coelho (PE), preocupado com possíveis saídas de parlamentares da sigla assustados com a rejeição ao governo e receoso com as eleições de 2018, diz que “Se o PSDB ficar na base, vai haver desmonte com a janela eleitoral”.
A mesma linha de raciocínio é seguida pelo presidente da Assembleia de São Paulo, Cauê Macris: “Não precisamos estar dentro do governo para defender o que é bom para o País”.
O certo é que a decisão a ser tomada pelo PSDB, tudo indica que no início da próxima semana, deverá ser decisiva para o futuro da sigla e também poderá trazer profundas consequências na continuidade do governo Michel Temer.
O PSDB de Aécio Neves ajudou o país a virar um pântano. A questão agora é como e se vai conseguir sair da lama que criou e o que o sufoca mortalmente do ponto de vista eleitoral.
EM TEMPO: Procurei alguns tucanos alagoanos importantes para saber se tinham alguma opinião sobre esse tema. Alguns disseram que não participam das discussões, outros preferiram nada declarar.