A deputada federal, por Alagoas, Roseane Freitas ( Rosinha da ADEFAL) em sua fala durante o Encontro das Mulheres Nordestinas, patrocinado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que aconteceu na sexta-feira,31/03, no Centro de Convenções, em Maceió,AL, fez uma declaração que causou grande incômodo na plenária.
Ao falar de sua trajetória como mulher cadeirante, afirmou que: “Eu também sofro preconceito, por ser loirinha dos olhos azuis, não são só negros que sofrem racismo”.
Importante afirmar para a Excelentíssima Deputada que detém o controle sobre a Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos, em Alagoas, que o nome do preconceito que pret@s sofrem é escrito em letras maiúsculas: RACISMO.
E RACISMO é um fenômeno antipret@.
Racismo é um produto social feito um selo de ódio e aversão às pessoas descendentes de Áfricas cujo fenótipo (conjunto de características físicas de uma pessoa) incita ofensas e intolerâncias.
O racismo, no Brasil, é um crime histórico sustentado pelas elites sociais e escravocratas, faz bem uns quinhentos anos, tem o poder de desumanizar pret@s atribuindo a est@s características de inferioridade (gente amaldiçoada,cabelo de bombril, suja, violenta, cabelo duro e ruim e etc).
Por isso, Excelentíssima Deputada, uma pessoa loirinha dos olhos azuis, não pode dizer que sofreu racismo porque o racismo é baseada na preconceituosa idéia de superioridade de certas etnias.
Como falar de racismo reverso quando branc@s, ao longo das muitas gerações, continuam a ter poder e privilégios sociais, mesmo sem as competências essenciais para exercer cargos?
Racismo reverso não existe, Excelência.
Urge desconstruir esse discurso.
Faça-me o favor!