Crítica: "Kong: A Ilha da Caveira" agrada visualmente, mas não empolga

11/03/2017 16:15 - Bruno Levy
Por redação
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Diferentemente dos remakes anteriores, Kong: A Ilha da Caveira teve uma visão totalmente diferenciada daquela que já estamos acostumadas. De uma forma mais pop e mais divertida para o público, o diretor NOME AQUI buscou uma nova fórmula para os dias atuais onde um filme histórico passou a ser um blockbuster.

A ideia é aceitável e funciona em determinados momentos do filme, mas peca na continuidade e na harmonia entre os personagens. Samuel L. Jackson foi o personagem mais forçado de Kong com a ideia maníaca de que a criatura tem que ser derrotada a qualquer custo, mesmo que isso mesmo possa o matar. As piadas em timings errados lembraram bastante “Vingadores: Era de Ultron” com uma brincadeira a cada três falas, mesmo em momentos de tensão e medo.

O desconhecido ATOR NEGRO foi o mais carismático nas mais de duas horas de filme ao lado de ATOR BARBUDO. Tom Hiddleston e Brie Larson não proporcionaram uma química suficiente como o casal do King Kong de 2005, de Peter Jackson. A sorte foi a escolha de não haver um romance entre ambos, ufa! Talvez melhor sorte no vindouro Vingadores: Guerra Infinita em que estarão juntos novamente.

O que na verdade salvou o filme foram três áreas fundamentais: os monstros, o visual e, claro, o dono da festa: Kong. O visual, que engloba tudo, é simplesmente incrível. A Ilha da Caveira é belíssima e lembra cenas das “Aventuras de Pi” com todo o brilho, só que em Kong tudo é mais alaranjado e azul, devido ao clima tropical, onde as cores se misturam tão bem transformando-se em um atrativo a parte.

Uma outra coisa que chama atenção são os jogos de câmera. O diretor quando esteve na Comic-Con Experience, em São Paulo, no ano passado, deixou claro que utilizaria meios de gravações como se fossem jogos em primeira pessoa. Nerd como é, lembrou a ilha como se fosse os jogos de Zelda. Também não teve vergonha de fazer cenas parecidas de “300” quando Tom mata com uma espada diversas aves jurássicas ao estilo de um guerreiro espartano. Tudo isso funciona muito bem, transformando Kong em um bom filme pipoca com uma fotografia de encher os olhos.

Ah, falando nele, Kong é simplesmente incrível. O filme pode sim lutar por uma indicação ao Oscar como Melhores Efeitos Visuais. A criatura mítica e bem desenhada tem movimentos leves e fluidos, como se fosse algo paupável. O DIRETOR deixou claro o tamanho da ameaça que Kong era, mesmo sem ele ser realmente uma ameaça. Ele deixa uma homenagem aos filmes anteriores, mas fica claro que ali está sua assinatura.

Lagartas gigantes, aranhas gigantes, búfalos gigantes e muita porradaria. Um filme pipoca, com um visual e um 3D bastante agradáveis, só. Kong poderia ser bem mais, com uma história mais complexa, porém fez o café com leite e soltou o monstro. Agora é aguardar o crossover com Godzilla e torcer por algo bem maior.

Ah, o filme possui cenas pós-créditos, fiquem até o fim das letrinhas.

 

Nota 7

 

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