A urgência no aumento do efetivo de agentes penitenciários no Presídio do Agreste é o foco do pedido protocolado nesta quinta-feira, 9, pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), na Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
No ofício, destinado ao secretário tenente-coronel PM Marcos Sérgio de Freitas, o presidente do Sindapen, Kleyton Anderson, destaca que 11 agentes penitenciários em média cumprem plantão de 24 horas no presídio, mas, destes, cinco atuam na escolta externa e seis ficam na unidade, onde estão cerca de 900 reeducandos.
O sindicalista sugere que, caso não possa aumentar o efetivo, o governo ofereça horas extras para os servidores que se voluntariem, como foi feito nas unidades prisionais da capital. “Se não aumentar, teremos que parar de fazer alguns serviços dentro e fora da unidade, visando à segurança dos agentes e demais servidores”, diz em um trecho do documento.
Em entrevista ao CadaMinuto, Kleyton afirmou que, caso ocorra uma rebelião no Presídio do Agreste, não tem como garantir a integridade dos presos. “Se o efetivo não for reforçado, na próxima semana existe a possibilidade de não sair mais nenhuma escolta judicial nem outras não emergenciais do presídio, para que mais agentes permaneçam na unidade”, afirmou.
“Diante da transferência de todos presos líderes das facções, os mais perigosos do Estado, para o Presídio do Agreste, nenhuma melhora do efetivo foi feita nesta unidade. Com as escoltas judiciais e de emergência, o presídio fica apenas com seis agentes penitenciários para fazer a custódia dos mais de 900 presos e a guarda externa para qualquer tentativa de resgate.”, apontou o presidente do Sindapen, acrescentando que, em caso de emergência, devido à localização do presídio, o reforço da PM chega somente 30 minutos depois do chamado.
Segurança reforçada
A assessoria de Comunicação da Seris informou que o secretário ainda não recebeu o ofício do Sindapen, mas, adiantou a segurança interna do Presídio do Agreste - realizada por prestadores de serviço da empresa Reviver, sob as diretrizes do chefe da unidade, o agente penitenciário Rodrigo Lima -, já foi reforçada.
A assessoria citou também que o presídio tem bloqueador de celular, um fato a mais para assegurar a tranquilidade no local, e também é alvo das varreduras que estão sendo realizadas nas unidades prisionais, para retirada de itens ilícitos.