A juíza de Paripueira, Adriana Feitosa, concedeu a revogação da prisão de Milton Omena de Farias Neto, de 23 anos, acusado de matar o avô no mesmo condomínio que sua mãe, a jornalista Márcia Rodrigues, foi encontrada morta em agosto de 2016.

Segundo o advogado de defesa de Milton Neto, o advogado Leonardo de Moraes, a justiça concedeu a revogação da prisão e possivelmente ainda hoje o jovem deixe a Casa de Custódia, no bairro do Jacintinho.

“Estamos aqui na Casa de Custodia tentando viabilizar a soltura do Milton e acreditamos que ainda hoje ele esteja em liberdade”, disse.

Milton Omena Neto foi preso no dia 27 de janeiro após matar a facadas o avô. O crime aconteceu no mesmo condomínio onde sua mãe, a jornalista Márcia Rodrigues foi encontrada morta.

O juiz Diogo Mendonça Furtado, da Comarca de Maragogi, converteu em preventiva a prisão em flagrante, no último dia 30 de janeiro. Na decisão, o magistrado disse não vislumbrar naquele momento a tese de legítima defesa.

Em coletiva no dia 30 de janeiro a Polícia Civil concluiu que Márcia cometeu suicídio. Um dos integrantes da comissão de delegados designada para a investigação da morte da jornalista, Lucimério Campos, disse que a cena do crime foi preservada, mas a ausência de testemunhas dificultou o andamento da conclusão do caso.

Lucimério ressaltou que, em depoimento, o pai de Márcia contou que, antes de saírem para almoçar juntos, ela retornou para dentro da casa dizendo que precisava ir ao banheiro. Foi neste momento, ainda segundo o depoimento, que Márcia teria cometido suicídio.

Durante a coletiva, o perito Jeiely Ferreira explicou que eles trabalharam em duas linhas de investigação: suicídio e homicídio. Mas, durante a perícia, foram encontrados quatro projéteis de arma de fogo, quatro estojos e quatro pontos de impacto no local da morte.

“No corpo da Márcia, encontramos duas perfurações. Primeiramente, ela teria testado a arma duas vezes, logo após, teria tentado um primeiro disparo no pescoço, mas teria errado, então atirou no peito, que levou a fatalidade”, comentou.