Segundo nos conta o  idealizador,articulador-agitador cultural, escritor e  presidente da Associação Cultural Alagoa do Sul, Carlito Lima,o Prêmio Notáveis da Cultura Alagoana, nasceu de uma brincadeira e foi virando coisa séria. Premiar  gentes das artes, realizar rodas de reconhecimento para produção cultural, dos saberes e fazeres locais.
Em sua 13ª edição,a premiação contemplou mais de 30 nomes, em segmentos como teatro, cinema, música e imprensa, e  alargando a representatividade, justamente na 13ª edição do prêmio (para nós o  número 13  sugere transformação, renovação e transmutação), foi acrescida a categoria Cultura Negra e como coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, nosso nome foi escolhido- através do voto popular como  destaque.

A escolha d@s premiad@s se dá por votação direta, eleição via internet. A votação é aberta dia 1º de outubro e encerrada dia 31 de dezembro.
Na entrega da premiação, que aconteceu dia 26 de janeiro, na Barraca Pedra Virada, bairro de Ponta Verde, Maceió,AL, foi bom ouvir os aplausos de um público que, normalmente, não tem convivência e vivências  com o fazer da cultura de pret@s e, como ativista,  ressaltamos  que :"Agregar ao Notáveis a categoria Cultura Negra substancia, mais do que a unicidade de uma trabalho, revisita as   presenças e narrativas que a estrutura hegemônica invisibilizou  durante todos os séculos da nossa existência, e visionário, Carlito Lima e a população dos votantes potencializa e amplia o diálogo  sobre a diversidade do fazer Cultura, nas Alagoas dos Marechais. Revisita lugares de memória. Faz ocupação de espaços."
Ocupar espaços nessas áridas  terras pretas das Alagoas elitizada, formalizada e cheia de  etiquetas segregadoras, onde a  cultura de pret@s é tratada  como arte marginal, nascida e praticada nas periferias esquecidas, ou em rodas de giros para turista "apreciar" em meses de veraneio.
A Cultura das Alagoas  tem só 200 anos. A Cultura Negra tem mais de quatro séculos.
Nessas áridas  terras pretas das Alagoas elitizada, formalizada e cheia de  etiquetas segregadoras,o primeiro e único parque temático sobre a cultura negra das Américas é tratado com um flagrante  desprezo institucional, das três  instâncias do poder público. 
Tornar prática a cultura-história  de pret@s é  quebrar as bases de sustentação do racismo e o  Estado de Alagoas carece  desafiar a invisibilidade, com a inserção da política de estado afirmativa..

E sobre o Notáveis  o escreve o Diário do Poder:"(...)O reconhecimento é resultado de votação aberta pela internet, na qual Alagoas finalmente se rendeu ao talento de  alagoanos ilustres, a exemplo do chargista Léo Villanova, da chef Silvana Chamusca, da liderança cultural negra Arísia Barros e do folclorista Elvis dos Santos Pereira.(...)

E ao Carlito Lima nossos parabéns por ter  reinterpretando a dinâmica do fazer cultura na  13ª edição do Prêmio Notáveis da Cultura Alagoana.