Ela se matou aos 13 anos. Pulou de uma janela da casa, em Campagna, na Itália,onde morava. Caiu no vazio do chão da calçada depois de um vôo de seis metros. A morte a encontrou e quebrou-lhe as asas e o sonho de ter uma vida boa.
Ela tinha só 13 anos, era preta,brasileira e foi adotada por italianos. Ela e mais dois irmãos.
Fazia 6 anos que vivia na Itália, chegou no país aos 7 anos e lá o racismo a matou. Os colegas da escola a intimidavam.Ela tinha a cor inadequada, a pele era desigual. Os colegas da escola usurpavam da menina preta, o direito de ser feliz, recomeçar a vida em outro lugar. Ela não era feliz, pois, se auto flagelava, imprimia na pele as feridas da alma desesperada. Nem o psicólogo que a acompanhava alcançou a voz do racismo que ecoava, pelejando por assassinar a auto estima da menina.
A menina não estava na linha de uma bala perdida, nas favelas do Brasil, mas, mesmo assim o racismo, camaleão poliglota, a alcançou na Itália e a matou.
Quem vai chorar por essa menina?
Essa , uma ítalo-brasileira, que o racismo matou aos 13 anos, na Itália?
Fonte: http://m.ilmattino.it/salerno/articolo-2208085.html