A 9ª Vara Criminal de Maceió conduz nesta quinta-feira (15) o julgamento dos quatro acusados de matar o agropecuarista Alberto Reyneri Pimentel Canales Ybarra. Em depoimento, durante a sessão, a mãe da vítima afirmou que Reyneri a alertou de que seria o réu Arnaldo Cavalcante Lima quem o mataria.
“Meu filho me disse que se alguém matasse ele, seria o senhor 'Arnaldo do Detran'. Houve uma briga e um ano depois ele mandou matar meu filho. Ele disse a várias pessoas que ia matar o meu filho. Ninguém quis ser testemunha porque ele é uma pessoa perigosa”, afirmou Helenilda Veloso Pimentel Canales
A mulher declarou ainda que nos dias após o crime ficou em estado de choque e que não lembrou imediato do aviso do filho. Sobre a briga, Helenilda contou que Reinery se irritou porque Arnaldo estaria “falando mal” do prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro, de quem seu filho seria amigo.
Arnaldo Cavalcante é acusado pelo Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) de ser o mandante do crime. Os réus Paulo Roberto Xavier de Araújo, Rogério Ferreira Dos Santos e Eli Oliveira de Almeida seriam os executores, de acordo com a acusação.
O juiz titular da 9ª Vara, Geraldo Amorim, espera concluir o julgamento ainda na noite desta quinta-feira (15), mas a expectativa é que o caso seja encerrado somente amanhã.
Segundo informações da assessoria do TJ, o processo tem 31 testemunhas e seis declarantes. Os debates já estão acontecendo e estima-se que eles possam durar até nove horas.
O caso
Alberto Reyneri foi assassinado com cerca de 20 tiros de pistola em sua fazenda, situada na zona rural de Palmeira dos Índios. O advogado foi surpreendido por dois homens encapuzados que invadiram a sua propriedade e efetuaram os disparos.
O ex-vereador Arnaldo Cavalcante Lima e suspeito de ser o mentor intelectual do crime foi preso cerca de quatro meses após o assassinato do fazendeiro, em dezembro de 2012. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por um desentendimento entre a vítima e o acusado.
*com Assessoria