Modelos Plus Size enfrentam mercado restrito em Alagoas

11/12/2016 11:19 - Clau Soares
Por redação
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Elas decidiram assumir a própria beleza, independente dos padrões, e lucrar com isso. As modelos plus size são hoje profissionais que atuam amplamente no mercado da moda, em campanhas que vão de roupas casuais à lingerie. Em Alagoas, elas vêm ganhando espaço nas passarelas e ensaios para lojas que começam a apostar no segmento.

Há dois anos na área, a coach, blogger e modelo Plus Size, Taiane Celice, 25, acredita que há muito ainda para ser conquistado. Além do trabalho, Taiane assumiu o Plus Size como causa social. “Levantei essa bandeira e venho trazendo o olhar do Brasil para Alagoas”, destaca.

 Apesar da abertura na imprensa e o incentivo de grandes empresas nacionais e internacionais, ainda persiste o preconceito com quem veste manequim acima do 44, o que se reflete na pouca oferta de roupas voltadas para este público. Taiane explica que, muitas vezes, é difícil encontrar roupas adequadas e, quando encontram, são peças “caras e que não atendem muitas vezes como queremos nos vestir".

A meta dela é contribuir com a mudança deste estigma. “Estou mostrando, cada vez mais, que não precisamos seguir o pensamento padrão de que gordas têm que se vestir como um saco de batata. ‘Mostro que têm roupas que ficam lindas em nós sim, e que devemos sempre estar na moda. Estar na moda nada mais é que estar vestida adequadamente com a situação e sempre deixar sua marca e expressões em seus trajes”, afirma.

A modelo plus size, Érica Quintela, 33, também observa que ainda é preciso melhorar a visão acerca do perfil do consumidor plus size. “Algumas pessoas ainda acham que roupa de gordinha são aqueles 'sacos', sem forma e sem estilo. As gordinhas têm curvas e merecemos looks que nos valorizem”, ressalta.

Érica ingressou na carreira de modelo há cerca de dois anos. Mais do que uma área de atuação profissional, ela frisa o resgate da autoestima. “Eu sempre fui gordinha e sempre me dizem que sou linda, então reuni o útil ao agradável. Eu me sinto feliz porque sei que eu sou bonita do jeito que sou. Ser modelo plus size é isso: se aceitar e se achar linda sendo gordinha”, explica.

Apesar de fazer trabalhos com moda, ela continua trabalhando em uma imobiliária. “Como não dá pra viver de modelar, continuo conciliando. ‘O mercado local para nós (modelos plus size) ainda não expandiu. Ainda é bem restrito e competitivo. Várias meninas têm procurado ser modelo plus size”, avalia.

Para quem pretende ser modelo plus size, há agências em Alagoas que oferecem cursos e há franquias que realizam concursos específicos de Miss Plus Size, no Estado.

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