O réu Marcos Paulo da Silva, acusado de matar o empresário Luiz Fernando Mattedi Tomazi, será levado a julgamento pela 9ª Vara Criminal de Maceió, na próxima segunda-feira (21), às 8h. O homicídio ocorreu em fevereiro de 2010, no bairro do Jacintinho, na capital e teria sido a mando da esposa da vítima, Hornella Giurizatto Libardi, que foi condenada a 23 anos e cinco meses de reclusão.
Marcos Paulo já havia sido julgado, sendo na ocasião absolvido pelos jurados, que acolheram a tese de negativa de autoria. Alegando que a decisão foi contrária às provas dos autos, o Ministério Público (MP/AL) ingressou com apelação no TJ/AL, que deu provimento ao recurso e determinou novo julgamento.
A sessão ocorrerá no Fórum do Barro Duro e será presidida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim. O julgamento integra as ações do Mês Nacional do Júri, iniciado no último dia 3 em todo o país.
O caso
A morte de Luiz Fernando Mattedi Tomazi, 41 anos, aconteceu em 14 de setembro de 2010, em um trecho da Avenida Leste/Oeste, em Maceió, e foi considerada, no início das investigações, misteriosa pela polícia. O empresário foi assassinado dentro do próprio automóvel, numa rua da Grota do Pau D'Arco, no bairro Jacintinho, capital alagoana. A vítima foi encontrada com as pernas cruzadas, o que dava a entender que o empresário conhecia o assassino e foi surpreendido no momento do disparo.
Na época do crime, a esposa do empresário afirmou que teria saído de casa acompanhada do marido para comer um passaporte na Praça do Centenário. Após o lanche, quando estavam chegando em Mangabeiras, o veículo em que estavam tinha sido receptado por outros carros e homens armados exigiram que Hornella seguisse até a grota onde ocorreu o crime. A vítima teria sido morta após atender o celular a mando dos próprios criminosos.
Durante as investigações ficou clara para a polícia a participação de Hornella no assassinato. Ela teria planejado a morte do próprio do marido com a ajuda do sócio Emerson Raposo Cogo. Segundo a polícia, ela estourou o limite de todos os cartões de crédito deles e a dívida chegava a R$ 40 mil. Além disso, Hornella tinha um amante em São Paulo, e estava com medo de que o marido descobrisse a traição e fizesse algo contra ela.
O empresário Luiz Fernando era um dos 71 empresários de café envolvidos na Operação Broca, deflagrada no dia 1º de junho de 2013. Todos são processados por crimes como formação de quadrilha, estelionato qualificado e falsidade ideológica.
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*com Ascom TJ/AL