A Comissão Especial do Senado que analisa o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, volta a se reunir dia 2 de agosto e já terá como pauta o estudo das 500 páginas com alegações da defesa da petista no processo. O advogado de Dilma, ex-ministro José Eduardo Cardozo protocolou a documentação no final da tarde de ontem e assegura que ela está recheada de ”provas” que inocenta sua cliente de qualquer crime de responsabilidade fiscal.

Cardozo incluiu nos argumentos falas do atual advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, que no ano passado teria definido o processo de impeachment como um “golpe revestido de institucionalidade”, e a conclusão de uma avaliação feita por um tribunal informal de juristas de todo o país, em reunião no Rio de Janeiro, de que pedalada fiscal não é crime e que o impeachment de Dilma é ilegítimo.

À imprensa, após entregar o calhamaço de papeis ao Senado, Cardozo afirmou que o documento é “robusto” e possui mais de 500 páginas, contra 131 da acusação. Pois, sim, a defesa de Dilma precisa, mais do que quantidade de palavras,  de muita robustez política junto aos senadores e bem menos do discurso de “golpe” que seus aliados transformaram em mantra, como se isso fosse a salvação da própria Pátria.

Cortina de fumaça não ajudará Dilma nesse momento.

Por ora, no embate impeachment contra golpe, ainda é o impeachment que está levando a melhor entre os senadores que decidirão se a petista retorna ou sai definitivamente do mandato de presidente do Brasil. O relatório final deve ser votado pela Comissão Especial dia 4 de agosto, lido em plenário dia 5 e posto em votação provavelmente dia 9.

Mas a agonia de Dilma Rousseff, seja qual for o resultado sobre o impeachment, não acaba aí. Está lá no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigação de caixa 2 e outros possíveis crimes em suas campanhas eleitorais de 2010 e de 2014.

É um agosto duro que se aproxima para petistas e aliados.

Enquanto isso, o ex-presidente Lula faz futricas contra o juiz federal Sérgio Moro para a ONU. 

Só Jesus na causa.