A história do futebol está recheada de bons e grandes jogadores que perderam a oportunidade de atingir o máximo de suas carreiras e com isso ganhar o reconhecimento profissional e/ou financeiro.

O mais famoso foi Garrincha, do botafogo, a alegria do povo. Destaque em duas copas vencidas pelo Brasil, deixou Pelé para trás quando o assunto é seleção brasileira e o torneio organizado pela FIFA.

Virou estrela mundial. O time do fogão praticamente vivia no exterior fazendo excursões. Entretanto, ao contrário de Pele, o rei das “pernas tortas”, a “alegria do povo”, não soube administrar a sua carreira.

O álcool e seus problemas pessoais, de conhecimento público, com a cantora Elza Soares o jogaram no ostracismo. Assim morreu Mané, pobre, dependendo de favores e destruído pelo vício.

Bebidas, drogas, mulheres, agressões e até assassinato também destruíram e encurtaram carreiras que poderiam ter sido brilhantes. Marinho, ex-bangu, botafogo e seleção brasileira. Marinho Chagas, ex-náutico, botafogo, fluminense, são Paulo e seleção.

A lista é imensa. Mas não pode ser esquecido o goleiro Bruno, ex-flamengo. Preso e condenado por ter participado do assassinato da mãe do seu filho.

Eis que agora surge o alagoano Zé Carlos, do CRB, acusado de ter agredido com tapas no rosto e nos braços uma jovem.

Em todos os clubes onde jogou foi artilheiro. Também atuou em times do exterior. Em nenhum ficou por um longo tempo. É um cigano.

A grande oportunidade ocorreu quando se transferiu para o cruzeiro. Estreou fazendo gol e assim continuou por um curto período. Não demorou muito e logo foi afastado e deixou o clube.

No meio do futebol dizem que Zé Carlos tem cheiro de gol, mas lhe falta “cabeça”. Quem o vê em campo percebe. Faz gol, mas aparenta ter o pavio curto, parece que vai trocar sopapos com os defensores a qualquer momento.

Uma pena não ter equilíbrio para entender o quanto é importante o comportamento de uma pessoa pública e sua influência sobre os torcedores.

Ainda mais nessa época estranha em que vivemos, onde a intolerância, o individualismo, consumismo exagerado e violência retratam bem o quanto a nossa sociedade está doente.

Zé Carlos é mais um que vem jogando contra si mesmo. Se não mudar, e sempre há tempo, como viverá e que tipo de cidadão será quando deixar de ser atleta profissional?

Uma pena.

Em tempo - No endereço http://www.cadaminuto.com.br/noticia/290233/2016/07/25/atacante-do-crb-e-acusado-de-agredir-mulher-em-bar você pode acessar as informações sobre a suposta agressão.