Após o Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) ter enviado a Justiça Federal pedido de arquivamento de uma investigação para apurar as tais “pedaladas fiscais” de Dilma Rousseff – se houve crime ou não - senadores da base aliada preparam requerimentos para paralisar a Comissão do Impeachment no Senado.

Esses senadores também querem que o procurador da República, autor do parecer, seja ouvido pelo Senado e esclareça melhor porque ele considera que não houve crime, posição contrária ao do Tribunal de Contas da União.

O pedido de arquivamento, em tese, não altera o processo de impeachment. No entanto, cria um outro clima político e jurídico dentro e fora do Brasil porque reforça a tese da defesa de Dilma de que não houve crime.

Ora, e se não houve crime como pode um presidente eleito legitimamente ser afastado sem que haja crime de responsabilidade?

Será o Brasil uma república bananeira?

Bom, MARK WEISBROT, codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa, diz que Michel Temer está transformando o Brasil numa imensa república bananeira, depois do golpe parlamentar ocorrido no Brasil.

Ele aposta num longo período de declínio caso ocorra o impeachment: “Se o Senado votar pela deposição da presidente eleita, pode inaugurar um longo período de declínio econômico, comparável à década perdida de 1980."

Diz, ainda que "O governo interino está redobrando a austeridade e gerou entre os investidores toda a confiança que seria suscitada por uma grande e gorda República das Bananas.”

Nos dias 19 e 20, juristas de todo mundo e personalidades farão um tribunal moral internacional para julgar esse processo. Os atuais fatos jurídicos e políticos que afetam a economia apontam para a continuidade da crise econômica.

Vida que segue na República das Bananas.

O artigo de MARK WEISBROT está publicado na Folha (http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/07/1791876-confianca-e-degradacao-do-brasil.shtml)