É grande o movimento de jornalistas em frente à sede da Divisão de Investigações e Capturas (DEIC), na Santa Amélia, durante toda esta quarta-feira, 22. A expectativa é que, no decorrer do dia, sejam divulgadas novas informações sobre as investigações acerca do desaparecimento de Abinael Saldanha, 25.

Sobre os rumores de que o caso já estaria totalmente esclarecido, o delegado Ronilson Medeiros, responsável pelas investigações, afirmou que a polícia ainda não sabe localização do desaparecido, nem do veículo que ele conduzia na noite de 15 de junho.

Ele pediu que a sociedade colabore com a polícia, por meio do disque denúncia (181), e voltou  frisar que não pode entrar em detalhes para não atrapalhar as investigações: “Existem outras pessoas que podem estar vinculadas a esse desaparecimento”, resumiu.

O delegado disse ainda que a perícia realizada nesta tarde em um veículo Peugeot de cor bege, que teria sido utilizado no sequestro do jovem, não encontrou indícios de que a vítima esteve no carro.

Segundo Medeiros, além do Peugeot, há objetos apreendidos, pessoas presas e perícias solicitadas. Várias testemunhas também já foram ouvidas, entre familiares, amigos, colegas de trabalho e da igreja que Abinael frequenta.

Neste momento, estão presos Jalves Ferreira Rocha da Silva e Alfredo Fragoso de Almeida Sobrinho, 41. O primeiro confessou ter comprado o celular da vítima, por R$ 800, mas negou qualquer participação no desaparecimento.

A polícia não deu informações oficiais ainda sobre o depoimento de Alfredo, apontado como a pessoa que vendeu o celular de Abinael, nem confirmou novas prisões, como a de Ericksen Dowell, que é amigo de Abinael e seria o proprietário do Peugeot periciado hoje.

A prisão Ericksen foi confirmada pelos próprios parentes do suspeito.

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