Alvo de pelo menos 10 procedimentos de investigação solicitados pelo Ministério Público Federal e pela PF, o ex-presidente Lula terá os seus casos fatiados em duas ou até três denúncias pela força-tarefa que investiga, em Curitiba, casos de corrupção a partir da Operação Lava Jato.

O objetivo dos investigadores é adiantar o processo, alcançar celeridade. Eles acreditam que Lula tinha total e amplo conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. E que recebeu direta e indiretamente vantagens indevidas.

E como a legislação penal permite que um réu aponte até oito testemunhas para sua defesa por cada fato que lhe é imputado, a demora seria imensa. Além disso, em cada um dos processos ele não é o único investigado. Portanto, os demais envolvidos também teriam direito ao mesmo número de testemunhas.

O ex-presidente é apontado como beneficiário, através da construtora OAS, de um tríplex em Guarujá, em São Paulo. Os investigadores também acreditam que ele é o dono, de fato, de um sítio em Atibaia, que ganhou reformas e melhorias feitas pela AS e Odebrecht.

Ele também é suspeito de supostos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, ocultação de bens e organização criminosa. O recebimento de pagamentos feitos por construtoras por palestras estão no rol das investigações e suspeitas.

O ex-presidente Lula nega o envolvimento com os casos. Diz que não é dono dos imóveis citados, e que todos os seus bens estão registrados na declaração do Imposto de Renda.

Mas que a turma de Curitiba que pegar Lula, isso quer. Reduzir o número de processos dá bem ideia da intenção do MPF e da PF.

Apesar de todas os taques e suspeitas surgidos contra o ex-presidente, ele ainda lidera as pesquisas eleitorais, o que o coloca, ainda, como a maior liderança política brasileira da atualidade.

Vida que segue.