No dia 1º de junho publiquei um texto neste espaço com o título: PGR quer afastar Renan e PT projeta vitória. Fui questionado por alguns leitores – que duvidaram sobre como obtive essa informação. Ora, temos contatos em algumas redações fora de Alagoas e conversamos pelas redes sociais. Só que errei e peço desculpas por ter divulgado notícia incompleta. É que nem sempre dá para saber tudo.

Na verdade, já estão com o ministro da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, pedidos da PGR para que sejam presos os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, o ex-presidente José Sarney, e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, o malvado favorito.

São Todos imensos chefões políticos do PMDB. Os três primeiros foram flagrados em conversas com indícios de conspiração para barrar investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Eles sugeriam modificações na legislação sobre delação premiada e construção de um acordão para “estancar a sangria da Lava Jato”. E Cunha porque continua participando de articulações políticas.

Caso Renan seja preso e afastado quem assume o comando do Congresso é o senador Jorge Viana, PT do Acre, vice-presidente. Dá para concluir que o governo interino-definitivo de Michel Temer, e dos aliados do PMDB, está equilibrado em arame farpado enferrujado, não é mesmo?

E o imprevisível da política nacional provoca consequências para o pleito deste ano em Maceió, fundamental para os Calheiros visando 2018. O senador já está atingido pelas suspeitas e isso deve contaminar o seu candidato, Cícero Almeida, que também responde a processo por suspeita de mal feitos quando foi prefeito – caso da Máfia do Lixo.

O outro nome especulado na disputa em Maceió, o deputado federal João Henrique Caldas – que aparece em fotos com Cunha e Bolsonaro, parece que sofre em silêncio pela repercussão de texto publicado neste espaço, em 19 de maio, baseado no livro de Chico de Gois – OS BENS QUE OS POLÍTICOS FAZEM, que revela histórias de quem enriqueceu durante o exercício do mandato.

Assim como não esclareceu o que escrevi, nada esclarece ao companheiro aqui ao lado, que também tem tratado dessa questão, Davi Soares, que nesta segunda-feira (06) publicou: JHC implode imagem de moralidade e ética ao calar sobre origem de R$ 3,1 milhões.

De acordo com Davi, “O silêncio do deputado federal João Henrique Caldas diante das suspeitas sobre seu patrimônio milionário que ressurgiram fortemente nos últimos dias, depõe contra sua precoce ascensão na vida pública com a imagem de fiscal das leis e da ética alheia na classe política e no poder público. Três anos depois de se negar a explicar como declarava R$ 1,5 milhão de patrimônio, aos 23 anos, na eleição de 2010, o parlamentar conhecido como JHC, agora com 28 anos, lida com questionamentos sobre a duplicação de seus bens, após decidir disputar o mandato de prefeito de Maceió. O silêncio é fato comum à polêmica sobre o patrimônio milionário de JHC, desde o questionamento publicado em primeira mão em 2013, no livro “Os Bens que os Políticos Fazem”, do jornalista Chico de Gois.”

Pois bem. Tudo indica que nas eleições majoritárias deste ano o fator honestidade vai pesar bastante. É que até lá o tema corrupção vai continuar sendo consumido pela sociedade através dos meios de comunicação.

E a suspeita sobre todos os políticos hoje é total. Assim, não basta ser e parecer honesto. É preciso provar. Tal atributo certamente será tratado no guia eleitoral: Máfias, sanguessuga, Lava Jato, enriquecimento ‘rapidão, por exemplo.

O cardápio está feito e será apresentado e oferecido ao todo-poderoso eleitor decidir.