O ex-policial militar, Raimundo Edson da Silva Medeiros, mais conhecido como Medeiros, deixou o sistema prisional para cumprir pena em regime semiaberto. O pedido de progressão de pena foi elaborado pela defesa do ex-militar depois que ele cumpriu mais de um sexto da pena, a qual foi condenado.

Medeiros foi preso pela Polícia Federal acusado de diversos assassinatos e cumpriu uma parte da pena detido em um presídio federal a pedido dos magistrados integrantes da 17º Vara Criminal da Capital. Ele conseguiu fugir da carceragem da Polícia Federal em 2006 e foi recapturado em 2008 escondido em um fundo falso de uma armário, na residência da irmã.

Os crimes praticados por eles foram registrados nos estado de Alagoas e Pernambuco. O ex-militar é acusado de participar de cerca de 30 assassinatos, entre eles o do promotor de Justiça da cidade de Água Preta, interior de Pernambuco, Rossini Couto crime registrado naquele estado e que contou com a participação do ex-PM José Ivan Marques de Assis, condenado a 24 anos de prisão e de Sivonaldo Leobino da Silva, condenado a 20 anos de prisão.

Medeiros também é suspeito de ter participação indireta na execução do assessor parlamentar Cícero Sales Belém em novembro de 2005 em um dos trechos da Avenida Durval de Góes Monteiro em Maceió, após a vítima deixar a residência do deputado Fernando Tenório, no Condomínio Aldebaran.

Junto com Cícero, que era acusado de vários assassinatos em Alagoas, também foi morto o estudante José Alfredo Tenório Filho. Com as investigações,  a polícia concluiu que os matadores foram José Antônio Alves da Silva, José Cícero Moraes Costa Cavalcante e Agilberto Júnior dos Santos, o Júnior Tenório - também conhecido por "Junior Cicatriz", responde o processo em separado e está preso em um presídio federal, fora de Alagoas, por outros crimes.

O ex-militar Medeiros também é investigado por sua possível participação na execução do policial civil Alfredo de Souza Pontes, o "Alfredinho" morto no bairro do Poço, em Maceió, além do crime que vitimou o motorista Carlos André Fernandes, que segundo as investigações era amante da primeira-dama, à época, Fátima Pedrosa, mulher do ex-prefeito Adalberon de Moraes. O motorista foi assassinado no Posto de Combustíveis São Paulo, às margens da BR-316, naquele município.