Atualizada às 21h

Quatro homens acusados de agressões nesse domingo (8), no Estádio Rei Pelé, em decisão do Campeonato Alagoano, foram apresentados à imprensa em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (9), na Secretaria de Segurança Pública (SSP). As prisões ocorreram no Trapiche da Barra, Ponta Grossa, Bom Parto e no município de Atalaia.

De acordo com o chefe da pasta, Lima Júnior, um dos presos, Wilson Ferreira dos Santos, de 31 anos, trabalhou na partida como gandula. O funcionário da Eletrobras Distribuição Alagoas, Joseph Hebert, também é apontado pela SSP como um dos envolvidos no caso. Ainda foram localizados Arthur Henrique e Flávio Gouveia, conhecido como “Polha”.

Segundo o secretário, as prisões ocorreram após um trabalho de investigação realizado pelas Polícias Militar e Civil. “O disque-denúncia foi fundamental importância. Outros bandidos travestidos de torcedores já foram identificados e estarão respondendo na Justiça em breve”, pontuou Lima Júnior, que defende que as torcidas organizadas sejam bandidas. “Lugar de criminoso é no presídio”, acrescentou.

Lima Júnior é enfático ao afirmar que a Segurança Pública não pode ser a culpada pelo acontecido, uma vez que o evento é privado. O titular da secretaria informou que mais de 300 policiais foram empregados. Dois portões do estádio foram quebrados. “Várias pessoas entraram sem a revista. Apreendemos diversos objetos ilícitos”.

O secretário frisou que o fato manchou Alagoas no Brasil e no mundo. Ontem, seis homicídios com relação direta com o clássico foram registrados. Diante do caso, uma reunião com órgãos públicos, dentre eles Ministério Público (MP) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi agendada. Ele ressaltou ainda que um jogador do Clube de Regatas Brasil (CRB) comemorou um gol em frente torcida adversária. Lima Júnior acredita que ato contribuiu para a violência que foi registrada.

O comandante Geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, rebateu as críticas feitas à corporação. “Os nossos homens agiram em 33 segundos. Eles não demoraram”. Sampaio ressaltou que o Rei Pelé apresenta pontos vulneráveis, a exemplo da distância entre a arquibancada e o campo.

O coronel Adriano Amaral, comandante do Corpo de Bombeiros, informou aos jornalistas que foram registradas seis ocorrências pela entidade durante o jogo. “25 militares trabalharam. Quatro viaturas estavam à disposição da população. Duas vítimas de espancamento foram socorridas”.