A fala do deputado Pastor Antônio dos Santos, do PSC de Sergipe, na tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) nesta quarta-feira, 27, trouxe à memória um episódio curioso ocorrido em 2008 na Casa de Tavares Bastos, envolvendo suplentes e o broche da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

O parlamentar esteve na Casa, inclusive, para convidar os colegas a participarem da 20ª Conferência da Unale, que acontece em Aracaju, entre os dias 1º e 3 de junho.

O deputado usou de toda a lábia não só para convencer os parlamentares a irem ao evento, mas para conseguir novos associados para a entidade, da qual é tesoureiro.

Segundo o Pastor, na lista de benefícios que os associados têm direito, estão: fretes à disposição em Brasília, descontos em hotel, carros para buscar no aeroporto, “além de outros planos que não é conveniente tratarmos aqui”, disse.

O parlamentar também destacou uma iniciativa interessante: a Unale disponibilizará um banco de dados de todos os projetos apresentados por todos os deputados do País. “Você terá um mandato mais produtivo. Para quem tá fora da Unale tem dificuldade, para quem tá dentro não... O brochinho dá uma série de benefícios”, destacou, em referência ao broche da entidade que os parlamentares usam no paletó.

Vamos então, ao episódio de 2008...

Com o afastamento de vários deputados em razão da Operação Taturana, suplentes assumiram cadeiras na Casa de Tavares Bastos. Em meio ao inevitável clima tenso no parlamento, alguns desses suplentes denunciaram que estavam sendo perseguidos e humilhados.

O motivo? A negativa de ostentarem o broche da Unale, que à época não era permitido aos suplentes, assim como só era permitido aos titulares se associarem a entidade. Não sei se as regras mudaram.

A contar com a propaganda feita pelo Pastor, o brochinho que indica a condição de associado é quase um caminho para o paraíso, mas, acho que, dessa vez, os suplentes que ocupam cadeiras no parlamento não farão questão de entrar nesse céu de brigadeiro...