(Atualizada às 17h)*

A ação judicial impetrada pelo vereador Rui Palmeira contra o presidente da Câmara Municipal de Maceió, Chico Filho, está sendo classificada, nos bastidores do Parlamento, como um tiro no pé.

Isso porque os vereadores estão às vésperas de julgar as contas do ex-prefeito, especialmente devido a suspeita de não ter sido cumprido o investimento  mínimo constitucionalmente exigido na Educação.

No mandado de segurança impetrado no dia 25 de novembro, na Vara Cível da Fazenda Municipal da Comarca de Maceió, Rui pede à Justiça que determine ao presidente da Câmara a fornecer, em dez dias, todas as informações e documentos referentes à contratação, pelo Legislativo de Maceió, da empresa Reluzir Terceirizados.

*No final da tarde desta quinta-feira (4), o juiz Antonio Emanuel Dória deferiu a medida liminar e determinou que a CMM  responda ao pedido de acesso à informação solicitado por Rui, no prazo de 10  dias.

Rui explica que solicitou os dados à Mesa Diretora, por meio da Lei de Acesso à Informação, no dia 10 de outubro deste ano, mas como até o momento não obteve respostas, decidiu ir à Justiça. Entre os documentos solicitados, estão: cópia do contrato, aditivos, relação de funcionários terceirizados e comprovantes de pagamentos.

Depois da ação judicial, o clima em relação à apreciação – e possível desaprovação, pela Casa, das contas do ex-prefeito começou a mudar.

Se antes os colegas estavam cautelosos em relação ao assunto, agora o ambiente é outro.

Em defesa de Chico Filho (e deles próprios), o movimento da maioria, hoje, é de guerra declarada, afinal, pau que dá em Chico, atinge todos os “Franciscos”.

A partir de agora, tudo pode acontecer: do adiamento do recesso parlamentar à inelegibilidade de Rui.

O Natal será tenso na Casa de Mário Guimarães.