Funcionários da Assembleia Legislativa, possivelmente do Setor de Recursos Humanos, passam diariamente pelos demais setores da Casa para que os colegas que trabalham possam assinar o ponto manual de frequência.
Até aí, tudo bem, certo? Errado.
Os servidores que estão no dia-a-dia do parlamento se queixam do tratamento “diferenciado” (por incrível que pareça, para piorl) que recebem da Mesa Diretora, já que o ponto só é obrigatório para àqueles que trabalham e, quem não assina, sofre até com cortes nos salários.
Esses trabalhadores, que deviam ser reconhecidos pela gestão, servem de “piada” para inúmeros efetivos que nunca deram um muro em uma broa – alguns residem no interior do Estado e mal sabem onde fica a sede do parlamento -, mas jamais assinaram ponto ou tiveram R$ 1 sequer descontado dos salários.
Um deles disse (ninguém me contou, caro leitor, eu tive o desprazer de ouvir), entre risos, que, por ser “protegido” há anos de um deputado, nunca deu um dia serviço e que o problema daqueles que trabalham e assinam o ponto é que eles não têm costas quentes.
Agora, alguns questionamentos: o ponto – seja eletrônico ou manual – pode, no serviço público, ser cobrado apenas de uma minoria? Pode, essa minoria, ser penalizada com cortes nos salários, enquanto a maioria repousa em berço esplêndido?
O espaço está aberto para o Ministério Público do Trabalho, para a Mesa Diretora, Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo e para qualquer um que possa responder aos questionamentos acima.