Kelmann sobre ponto eletrônico: “Desavisados acharam que era medida demagógica”

14/04/2016 14:08 - Vanessa Alencar
Por redação
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O presidente da Câmara de Maceió (CMM), vereador Kelmann Vieira (PSDB), disse que a Casa economizou R$ 50 mil em dois meses devido ao ponto eletrônico de frequência e que, caso seja necessário, irá seguir o exemplo da prefeitura e demitir servidores públicos faltosos.

Em entrevista ao jornalista Luis Vilar, na Rádio Globo, Kelmann destacou que, além da economia – as faltas foram descontadas nos salários -, o controle digital acarretou outras consequências, como o aumento no número de pedidos de aposentadoria e de funcionários afastados com licença médica.

“Desavisados acharam que era medida demagógica, mas atendemos ao questionamento do MP... Criamos uma comissão para apurar as faltas, e o que ocorre é que muitos, mais de 20, deram entrada com aposentadoria... Outros entram em licença médica e a gente precisa ver a legalidade desses atestados”, contou.

O presidente da CMM assegurou que, ao contrário do que ocorria no Poder Executivo, no legislativo não existe servidor que falte, ininterruptamente, por mais de 15, 30 dias, sem justificativa: “Algumas faltas estão sendo descontadas. Se eu não o fizer, eu estarei cometendo crime de prevaricação. Estamos atentos para esses casos”.

Ele também frisou a necessidade de seu sucessor pensar em concurso público na Casa de Mário Guimarães e fez um balanço de suas ações como presidente e vereador, destacando a digitalização de todos os processos e o aperfeiçoamento do portal eletrônico da Casa.

“Tenho a consciência tranquila que dei o melhor para melhorar a realidade da Câmara... É uma das Câmaras mais propositivas na história. Precisamos mostrar a população o que cada um está fazendo”, avaliou, reconhecendo que ainda há adequações a serem feitas no site institucional.

 “A promotora Fernanda Moreira recentemente cobrou a ampliação dos dados das receitas e despesas, para deixarmos mais claro o quê e onde está sendo gasto cada centavo. O MP acha que é preciso mais transparência e estamos no processo de aperfeiçoamento para resgatar credibilidade perdida”, disse.

Kelmann justificou ainda o orçamento de R$ 52,5 milhões da Casa: “Desse valor, 70% é gasto com folha de pessoal. Os efetivos ganham muito bem, inclusive os dez procuradores, cujos salários giram em torno de R$ 20 mil”.

No mais, cada vereador recebe pouco mais de R$ 50 mil por mês, assim divididos: R$ 12 mil (salário), R$ 30 mil para o pagamento de até dez assessores por gabinete; e R$ 10.500 de verba indenizatória.

Sobre a mudança de partido, resumiu: “Lutei muito para ver a aliança entre PSDB e PMDB. Minha consciência me fez escolher o melhor para mim naquele momento”.

 

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