Em 13 de novembro de 2011, em uma cerimônia singular, coordenada nacionalmente pelo Instituto Raízes de Áfricas e o IPEAFRO/RJ, as cinzas do jornalista, ativista, ex-deputado estadual e federal Abdias Nascimento, foram depositadas em um local próximo à Lagoa dos Negros, na Serra da Barriga em União dos Palmares, Alagoas. Espaço que, hoje, leva o nome do ativista.
O ato que reuniu cerca de mil pessoas de vários estados do Brasil, países de Áfricas e Estados Unidos é de relevante importância para a histografia negra do Brasil e Alagoas.
Na cerimônia de deposição das cinzas foi plantada uma muda de Baobá, árvore sagrada africana e uma muda de gameleira branca, considerada sagrada pela militância do movimento.
Ao lado do Baobá foi colocada uma placa em mármore, que celebra a memória de Abdias Nascimento.
A placa ( doação do Instituto Raízes de Áfricas) havia sido retirada pela gestão da Fundação Palmares, da época, explicando da necessidade de cimentação da mesma, e nunca mais voltou para o lugar. E nos últimos a coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros, vem, insistentemente, cobrado a todas às gestões do escritório da Fundação Palmares, em Alagoas, o paradeiro e a devida cimentação da placa.
E no sábado, 30/01/16 ( quase cinco anos após), quando de uma visita de um grupo liderado pelo Instituto Raízes de Áfricas, á Serra da Barriga, a atual gestora do escritório da FCP, em Alagoas, Elida Miranda, ao envidar esforços para atendimento a demanda , localizou a placa, que estava “guardada” no prédio onde funciona a guarda florestal do Parque Memorial Quilombo dos Palmares.
Após apresentação da mesma, a gestora pública assegurou que o marco demarcatório que celebra a memória de Abdias Nascimento voltará ao lugar de origem.
Abdias Nascimento teve sua vida marcada pela luta no combate ao racismo e pela implantação de políticas públicas para a inclusão do povo preto.
E que o Estado de Alagoas e a Fundação Cultural Palmares valorize sua história.