A manhã de sexta-feira (29) foi marcada por um protesto contra a demissão de 60 funcionários terceirizados do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AL) a partir da próxima segunda-feira (01). O TRT afirma que que as demissões seguem uma medida geral, para corte de gastos no órgão.

Ao todo, são 102 funcionários e 60 deles serão demitidos, das mais diversas áreas como limpeza, copa, serviço contínuo, entre outras áreas. O protesto teve apoio do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sindjus-AL).

“Essa é a medida política de ajuste fiscal que penaliza os trabalhadores e toda a população com redução do orçamento da União e das áreas essenciais como saúde, segurança e educação”, afirmou o coordenador do Sindjus-AL, Paulo Falcão.

Questionado sobre as saídas de funcionários, o diretor geral do TRT, Guilherme Falcão, explicou que a medida irá atingir várias áreas do órgão e que já haviam sido informadas.

“O Tribunal tem contratos com empresas fornecedoras de mão de obra, principalmente de limpeza, copeira e serviço contínuo. Entretanto, na nossa dotação orçamentária para esse ano, tivemos um corte de 29,41% em nosso custeio. Assim, para atender a lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei 4320/64, fomos obrigados a cortar gastos. Além da redução de terceirizados, cortamos diárias, passagens e até material de consumo”, explicou.

No início da semana, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, desembargador Pedro Inácio da Silva, se reuniu com advogados e relatou a atual situação e as medidas que serão tomadas.

Além dos cortes, estará em pauta no dia 3 de fevereiro, haverá uma sessão administrativa que votará a proposta de mudança do horário de funcionamento das unidades da Justiça do Trabalho, que deverá passar a ser das 7h30 às 14h30. Segundo ele, a medida faz parte de um pacote de ações que visam adequar as despesas do Tribunal ao orçamento disponível, do qual fazem parte repactuação de contratos, cortes de terceirizados e redução de despesas com diárias e passagens aéreas, água, telefonia, material de consumo e permanente e despesas da Escola Judicial.