Com a carreira marcada pela produção musical de qualidade e com poesia sempre de temática contemporânea, o alagoano Djavan Caetano Viana lançou seu 23º disco há cerca de um mês. A alma jovial do cantor de 66 anos comemora o recebimento do prêmio máximo do Grammy Latino como uma prova de que sua música ganhou asas e vive de rasantes, mundo afora, em plena celebração de seus 40 anos de carreira.
Menos de um mês após receber o Prêmio à Excelência Musical, em que a Academia Latina de Gravação reconhece seu conjunto da obra, Djavan já ensaia para iniciar a turnê de Vidas pra Contar. E garante estar com saúde de ferro para encarar a série de shows já programados para o início de 2016.
Ao final desta entrevista exclusiva concedida ao CadaMinuto Press, Djavan manda o recado: “Que essa terra aí me espere, que daqui a pouco eu estou aí”. O show da turnê já confirmado para a capital alagoana será no Ginásio do Sesi, no fim de abril. Mas enquanto os fãs alagoanos esperam por sua chegada, poderão conferir o que ele tem a falar sobre o novo trabalho, que ele classifica como o disco mais biográfico de sua carreira.
O cantor e compositor alagoano diz que fez Vidas pra Contar para dedicá-lo à esperança e à alegria despertada em pleno momento político de convulsão do Brasil. “É um antídoto a todas as mazelas que estamos vivendo”. E antes de comentar o envolvimento dos parlamentares alagoanos no escândalo do mensalão, Djavan revela seu arrependimento de ter gravado o jingle “Lula, lá”, para a campanha eleitoral do ex-presidente petista, em 1989. Confira!
Seu novo álbum Vidas pra Contar volta a expor suas raízes alagoanas e nordestinas. Há quanto de prazer em imprimir essas referências pessoais e culturais na sua música?
Olha, esse disco talvez seja o disco mais biográfico. Eu nunca falo muito de mim, né? Mas, nesse disco eu resolvi fazer uma homenagem ao Nordeste, que é uma região que eu, além de conhecer bem, amo profundamente e a sinto com bastante concretiza, porque conheço a realidade, etc. E deu saudade, assim, das coisas do Nordeste. Então, resolvi falar da religiosidade, da fé do povo, do folclore, das festividades e da dificuldade, também, do povo. Enfim, criei o Vidas pra Contar. Abri o disco ela (a música Vida Nordestina), porque eu queria realmente homenagear o Nordeste. Falei também da minha mãe, da relação comigo na música Dona do Horizonte, da influência musical que ela teve em minha vida, e tudo. E é um disco que também fala de vida de um modo geral, né? Por isso se chama Vidas pra Contar. Fala da vida do homem, hoje, no âmbito político, social e mesmo familiar, na coisa da necessidade de refundar os valores morais. Enfim, é um disco que fala de vidas, né?
As músicas Vida Nordestina e Dona do Horizonte parecem estar entrelaçadas por essas influências musicais que vão de Luiz Gonzaga aos folguedos da nossa cultura. Como foi que a tua mãe te apresentou essas influências?
Isso é uma coisa que venho, desde menino, mantendo contato. Primeiro, com minha mãe; depois segui observando tudo, os cantores nordestinos, a literatura de cordel, a vida nordestina em prosa e verso, né? É uma cultura minha. A cultura que todo nordestino, de um modo geral, tem.
Há algo de militância nesse fazer musical tão “de raiz”, nesse disco?
Não é militância, não. É apenas uma homenagem a uma cultura a qual você está arraigado. É a coisa de você querer trazer à luz, de novo, todas as questões nordestinas.
Falar de amor evita um eventual conflito com os interesses mais globais desse mercado cultural contemporâneo?
Acho que falar de amor é o antídoto, digamos assim. Você está vivendo uma ebulição político-social aqui no Brasil como nunca vista antes, né? E só tem notícia ruim nos jornais, etc... Notícia ruim que eu considero, inclusive, boa do ponto de vista de que estamos expondo nossas vísceras para poder cuidar dos mais recônditos problemas que afligem o Brasil há muitos anos. E eu acho que é uma vida de esperança, é um tempo de esperança. E esse disco é isso. É um disco dedicado à esperança, dedicado à alegria. É um antídoto a todas as mazelas que estamos vivendo.
É um desafio mais instigante o de seguir emocionando e sendo compreendido nesse novo momento de evolução de princípios de comportamento?
Esse disco quer realmente rebater toda uma conjuntura que tende a ser negativa. E trago um trabalho para cima, feliz. Um trabalho que reluz do ponto de vista da esperança. Eu, particularmente, tenho a esperança num Brasil melhor. Eu acho que nunca estivemos tão próximos disso como estamos agora, à medida em que nós estamos no começo de todo esse processo, que é um processo doloroso, um processo demorado, que a gente está adentrando agora. Mas que bom que estamos adentrando esse processo! Porque ele precisava ser começado em algum momento. E a gente está começando agora. E a tendência é de que ele se conclua de maneira a deixar o Brasil mais justo, mais ético, mais progressista, não é? Mas, visando um futuro de glória para o povo brasileiro.
Já que o senhor tocou nessa questão política, o senhor participou do épico clipe do “Lula, lá” na campanha de 1989, que disputava a Presidência da República contra um alagoano, Fernando Collor. Como o senhor lidou com eventuais críticas de alagoanos?
Aquilo era outro tempo. A gente estava tentando... A gente estava apoiando um provável, um futuro governo – que não veio naquele ano – que a gente acreditava ser um quadro que a gente achava que era bom para o Brasil. Infelizmente, depois, a história evoluiu e estamos no quadro que estamos hoje. Política é uma coisa muito dinâmica. Você não pode, jamais, apostar definitivamente numa circunstância. Você tem que estar atento ao cotidiano da política, para saber que atitude tomar, que posição tomar. Em política, não cabe uma posição única e definitiva. Você tem que acompanhar o desenrolar da história.
O senhor ainda admira ou apoiaria o Lula, hoje, que é aliado do Collor, inclusive? Gravaria novamente para uma campanha eleitoral dele? Ou se arrepende?
Eu não gravaria para uma campanha eleitoral de ninguém! Porque é um envolvimento pessoal muito forte e você fica exposto mesmo às mudanças da política. A política muda a cada dia. E você assumir uma posição, você sendo também uma pessoa pública, é uma questão muito séria. Porque tem pessoas que acompanham o seu raciocínio, sua ideia. E a coisa mais perigosa é você instruir ou indicar um caminho que não seja o ideal. Pode ser ideal naquele momento, mas se revela completamente equivocado daqui a algum tempo. Porque a política é isso. É uma coisa inconstante. Cada dia acontece uma coisa diferente. Então, hoje, eu não teria disposição para encarar uma campanha de nenhum candidato, não só porque a gente já sabe, de cor e salteado, que a política é dinâmica e não dá para você tomar uma posição, e depois mudar de posição. É uma coisa difícil. Agora, a mudança de posição é uma coisa necessária, se ela se mostrar realmente inevitável.
Como se posicionar, então?
Eu sempre vou torcer por uma pessoa que eu julgue que é ideal para o Brasil do ponto de vista de defender o interesse popular, do povo. Candidato bom, para mim, é aquele candidato cuja sua plataforma de governo focaliza na maioria. Ou seja, em atender, em alcançar de maneira positiva a maioria. Esse é que é o candidato bom para mim. Mas, esse é o candidato que, enquanto candidato, ele tem esse perfil. Todo candidato é bom. Todo mundo que está candidato a algum cargo eletivo é a melhor pessoa do mundo, ele é isso, ele é aquilo. O negócio é você analisar não só do ponto de vista do candidato, mas também da circunstância que vai o envolver, caso ele seja eleito. Você tem que saber que governo vai ser possível ele criar para governar, com quais pessoas ele vai ter que se juntar para governar, quais as tendências de cada um deles. Quer dizer, é uma coisa muito complexa. Não dá para você, de cara, prever o que vai acontecer. Nem mesmo os analistas, especialistas em política, são capazes de prever o futuro na política.
O senhor acompanha a política local de Alagoas e viu que os três senadores [Fernando Collor, Renan Calheiros e Benedito de Lira] e um deputado federal [Arthur Lira] investigados em decorrência da Operação Lava Jato? Como o senhor avalia essa situação da política alagoana?
Eu acho que, entre as coisas que apontam para um futuro distinto na política, é exatamente a prática política brasileira que tem, por exemplo, no Nordeste, aquela alcunha do coronelismo e tudo... É uma prática política que visa o bem estar dos políticos e de seus grupos. E isso está sendo combatido agora. A gente imagina que toda essa movimentação da Lava Jato teria que estar explodindo em todos os lugares do Brasil. Não só da Lava Jato, mas de questões envolvendo o dinheiro público, corrupção. Tudo isso está vindo em um momento que é um momento de limpeza no Brasil. O que a gente espera é que essa prática política acabe dando lugar a uma política que vise realmente trabalhar em função do povo. E não dos grupos políticos e do enriquecimento ilícito de pessoas. Não se sabe se isso realmente vai acontecer dessa maneira. Mas esse é o desejo geral.
Para quem fala em golpe, neste momento, de onde vem o golpe, na sua opinião? Ele já existia, ou está sendo dado agora?
Não. Eu não sei do que se trata, com relação a golpe. Eu acho que o que está acontecendo é que o Brasil mudou mesmo. E temos que dar graças à imprensa e a uma classe jurídica nova, que está acontecendo na jurisdição brasileira, que quer mudar o Brasil. E isso eu acho louvável e torço para que seja possível.
Você deve ter consciência de como o alagoano se orgulha por tudo o que foi construído em sua via artística. Como é sua relação com o público de Alagoas, nos shows e nos encontros mundo afora?
Olha, eu tenho um amor muito profundo por Alagoas, pelo meu estado e pela minha cidade de Maceió. Eu sinto um prazer em saber que posso ser uma boa referência para a juventude alagoana. Isso é uma coisa que me dá muita alegria. Poder contribuir com para um crescimento, para uma evolução, para uma formação de uma personalidade. Tudo isso me deixa muito feliz, estar dando essa contribuição. E, sinceramente, me sinto motivado por todas essas questões. O fato de eu saber que tem pessoas que acompanham meu trabalho e esperam cada trabalho novo. Tudo isso é uma motivação cada vez maior.
Sempre houve esse bem querer do alagoano com o seu trabalho, ou foi difícil, no começo?
Acho que, no começo, foi difícil. As pessoas não acompanhavam, ou não entendiam, ou não valorizavam. Porque você sabe que também tem aquela coisa de que prata da casa não faz milagre, enfim. Isso mudou de um certo momento para cá. As pessoas começaram a entender que não, que eu estava realmente trabalhando muito para que as coisas acontecessem bem. E eu estava cuidando da evolução de uma obra, de um trabalho. E hoje, não. Hoje, acho que tenho um público alagoano que me acompanha com atenção. O que só me aumenta a responsabilidade.
Há alguma previsão de apresentação na terra natal?
Já! Não estou com a agenda aqui na mão. Mas acho que em abril estaremos em Maceió. Mas espero que você entre lá no meu site e confirme na agenda que está lá publicada. (O show é em 30 de abril, no Ginásio do Sesi, segundo informações da assessoria de Djavan)
O que representou para o artista negro e alagoano Djavan ter seus 40 anos de carreira coroados com uma homenagem especial do Grammy Latino, nos Estados Unidos, na véspera do Dia da Consciência Negra?
Esse é o terceiro Grammy que eu ganho. Ganhei o primeiro em 2000 pela música Acelerou, como Melhor Música; depois Melhor Disco, em 2010, com o disco Ária. E, agora, pelo conjunto da obra. E fui lá receber. Eu nunca tinha ido lá receber. Fui a Las Vegas receber, exatamente porque considero esse um prêmio muito importante, principalmente porque ele ratifica a ideia de que a minha música criou asas, ganhou o mundo. Isso não aconteceu de um dia para a noite. Isso vem acontecendo há muitos anos. Mas, esse prêmio ele diz exatamente isso, que a minha música está no mundo. E isso é uma alegria grande, porque eu canto em português, não canto em inglês. Se eu cantasse em inglês, eu era um artista realmente universal, há muitos anos. Agora, cantando em português, é diferente. Porque português é uma língua muito pouco falada no mundo. Muito pouco conhecida no mundo. É uma língua falada em sete países, dos quais dois são importantes do ponto de vista demográfico e econômico. Os outros são países pequenos que não têm muita influência na questão cultural mundial. Então, o fato de eu, cantando em português, estar conseguindo, ainda assim, ganhar o mundo, é uma coisa que me alegra muito.
Maceió completou 200 anos. Qual é sua relação e convivência com a cidade? O senhor ainda conhece Maceió além das praias, Maceió da periferia, por exemplo?
Olha, não tenho um conhecimento como quem vive aí, evidentemente. Mas tenho ido passar os natais em Maceió. Esse que eu vou agora é o sexto ou sétimo seguido. E, quando estou aí, procuro tudo. Procuro conhecer melhor, vou nos bairros mais pobres para entender como é que está a logística das coisas, e vou nos bairros mais ricos. Eu procuro entender bem a cidade. Converso com as pessoas. E acho que Maceió está evoluindo. Menos do que poderia, porque esse é um mal nordestino. A evolução nordestina, ela se dá numa velocidade que não é desejável, não é a velocidade que precisava ser para crescer. É uma das regiões que cresce com mais vagareza do Brasil. Mas está crescendo. E essa velocidade tem mudado, também. Tem aumentado, não na proporção que eu gostaria, mas tem aumentado. E vejo que, entre as capitais sobretudo, que é onde eu vou mais, talvez Maceió seja... Eu não poderia dizer que está entre as que mais evoluíram. Maceió está em uma evolução que eu considero ainda pequena. Eu vejo cidades como Natal-RN, por exemplo, Fortaleza-CE, que cresceram muito mais do que Maceió. Evoluíram muito mais. Mas Maceió está crescendo, de todo modo.
De que a cidade precisa para melhorar essa evolução?
Maceió precisa entender qual é a sua potencialidade de crescimento econômico mais viável e investir nela. Na minha opinião, é o turismo. É preciso que se faça um investimento em Maceió, em hotéis – Maceió não tem um hotel cinco estrelas verdadeiramente – precisa de um hotel de nível internacional. A gente precisa investir no transporte... Agora, dentre todos esses investimentos, um que eu tenho falado nessas entrevistas, é o investimento que o Brasil mais precisa, que é na educação. Nada se transforma de maneira concreta e bem direcionada, se não for através da educação. A educação vai trazer evolução em todos os âmbitos, econômico, social, na questão do racismo, de homofobia. Todas as questões com que a sociedade lida serão melhor difundidas e resolvidas através da educação. Acho que, enquanto o Brasil não entender que o país, para evoluir, tem que investir pesado na educação, a gente não vai sair do lugar. Agora, o Nordeste, principalmente, tem que investir na educação e nos serviços essenciais como saúde, transporte urbano e segurança, que cada vez mais se faz necessário um investimento pesado. Então, são questões que a gente está envolvido. E sem essa visão de que o investimento em educação é a única saída, não dá para sair do lugar.
Aqui, a violência contra jovens negros alagoanos persiste, apesar da queda nos números oficiais nos últimos meses. O risco de morte do jovem negro é de quase nove vezes maior que o jovem branco, em Alagoas, de acordo com o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)....
Então. Isso é uma questão muito séria. E quanto menor economicamente é a cidade, mais essas distorções acontecem. A questão do negro é uma questão mundial, mas no Brasil tem 52% da população que é negra. E a gente precisa ter políticas públicas que atendam às necessidade dessas minorias. E é engraçado, um paradoxo, falar em minoria, quando a população negra é de 52%. Mas é minoria do ponto de vista exatamente da assistência social, da questão econômica. O negro precisa, além de ter de demonstrar dupla capacidade para atingir alguns patamares, ao mesmo tempo ele não tem um veículo capaz de leva-lo a isso. Porque ele tem dificuldade de ter acesso a uma melhor informação, a uma maior formação. O negro, para entrar numa faculdade, é uma dificuldade. O negro, para assumir postos de comando em entidades e empresas estatais ou privadas, é muito mais difícil. Então, é uma situação realmente difícil. E acho que tudo isso só será atendido com coerência e segurança, através da educação.
O senhor acha que as políticas afirmativas elas mitigaram um pouco essa questão do preconceito racial?
Acho que é um mal necessário. É claro que não é cota que vai resolver a questão racial ou da depreciação social do negro no Brasil. Não é cota. A cota é um paliativo que a administração, que é branca, resolveu, para atender uma grita que está aí, que é constante e permanente. Porque, na verdade, o que o negro precisa é de oportunidades iguais. E só a educação vai trazer isso. Quer dizer, você com educação vai ter a chance de disputar, de competir com todas as outras raças, de maneira igualitária, em qualquer âmbito da vida social. Mas, se não tem as cotas, não tem nada. As cotas atendem, pelo menos, essa falta incrível que vive a comunidade negra no Brasil.
Com relação ao cenário cultural local, o que chega de Alagoas aí que o Djavan gosta de ouvir, de ver?
Esse hiato ainda é muito evidente, assim. A gente não vê muita coisa de Alagoas, especificamente, aqui no, digamos, “Sul Maravilha”. A gente não vê muito. Porque essa separação cultural entre Nordeste e Sudeste, ela é antiga e conhecida. Principalmente, porque havia... Sempre houve um grande preconceito com relação ao nordestino aqui no Sudeste. Isso vem cada vez mais se diluindo, sobretudo por causa dos artistas brasileiros. A maioria dos grandes artistas brasileiros vem do Nordeste, são artistas nordestinos. Então, isso tem ajudado também a esse preconceito diminuir. Tornando possível que a cultura nordestina seja vista cada vez mais sem aquele preconceito e sem ser uma coisa exótica. E, sim, uma coisa realmente capaz de seduzir pela beleza, pela importância da ideia, da originalidade. E tudo isso eu dou graças aos artistas que nasceram no Nordeste e que venceram no Sul Maravilha, são eles capazes de resolver essa questão. Não são os políticos, não são os empresários. Nada disso. São os artistas.
Quando as pessoas pensam em cultura e em música, relacionadas a Alagoas, lembram de Djavan. E o Djavan, quando pensa em música e em cultura, tem alguma referência alagoana, atualmente?
Minha referência musical e artística é muito conhecida de todos. Sempre digo que a minha referência vai de Luiz Gonzaga a Beattles, passando por um espectro de diversidade muito grande. Todos os gêneros, bolero, baião, rumba, samba, jazz, música flamenca, música negra africana e americana, sobretudo. Enfim, todas as músicas. Porque eu sempre tive uma curiosidade muito grande, e o meu foco sempre foi a diversidade. Para mim, é a graça da música, é a diversificação. Então, essa é a minha influência. E a minha música advém dessa formação tão eclética, assim. E digo isso desde o começo, porque foi sempre assim e vai continuar sendo.
Há algumas informações circulando a respeito de sua saúde. E eu queria saber se você pode tranquilizar o fã, as pessoas que te admiram, sobre essa questão dos tremores que as pessoas têm percebido?
Olha... Eu vou te dizer. (Risos) Eu falo isso sempre. Coisa que entrar na internet não vai sair nunca. Aquilo circula. Mas eu não tenho nada. Eu tenho uma saúde extrema. O problema é o seguinte... Cada um reage de uma forma. Eu nem sempre posso dormir como eu preciso. Se eu fico duas ou três noites sem dormir, tenho uma reação assim. Mas é só isso. Não tem nada a ver com saúde. Não tem nada a ver com doença. Eu não tenho nada. Eu tenho uma saúde de ferro. É uma coisa que eu estou sempre ligado, sempre manipulando a minha saúde, vendo o que é que pode fazer para ser melhor. Depois, tenho uma vida muito dinâmica, muito cheia, uma agenda muito apertada. Não posso adoecer. Por isso, também, cuido da minha saúde com o maior zelo, o tempo todo. Eu volto a dizer. Eu não tenho doença nenhuma. Quem gosta de mim e está preocupado, não fique. Porque vai ter que me aturar por muitos anos, se Deus quiser (risos).