(Atualizada às 14h50)

Apontado como um dos suspeitos de participação na chacina onde quatro pessoas da mesma família foram mortas no domingo passado, em Guaxuma, Crhys Maycou dos Santos Muniz irá se apresentar à polícia na tarde desta quinta-feira, 12. Ele é aguardado no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), na Mangabeiras. A informação foi confirmada pela assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública.

No local, várias pessoas, entre familiares e vizinhos de Maycou protestam com cartazes, afirmando que ele e o irmão, Charly dos Santos Muniz, de 25 anos, preso ontem, são inocentes. A expectativa é que o suspeito chegue ao local acompanhado de um advogado e de representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL.

Em entrevista ao CadaMinuto, Cleide Maria dos Santos, esposa de Charly, defendeu a inocência do marido, mas não quis comentar sobre possíveis álibis do suspeito, nem se ele já tem passagem pela polícia. Ela também mostrou um abaixo-assinado onde centenas de pessoas da região de Pescaria defendem a dupla.

A esposa de Maycou, Jaqueline Souza dos Santos, disse que o marido e o cunhado estão sendo injustiçados e adiantou que irá tentar marcar um encontro para amanhã entre a imprensa e familiares das vítimas da chacina que, segundo ela, também acreditam na inocência dos irmãos.

Prisão

Charly dos Santos Muniz, de 25 anos, foi preso ontem. Em coletiva à imprensa na quarta-feira, 11, os delegados, Antônio Henrique, responsável pelas investigações, e José Carlos André dos Santos, coordenador geral da Delegacia de Homicídios  revelaram que um motorista teria visto Charly na madrugada do domingo, em frente ao local onde aconteceu a chacina.

Ainda segundo informações da Polícia Civil, a testemunha que trafegava pela AL 101 Norte naquela madrugada “quase atropelou um homem que atravessou a pista todo ensanguentado e com um facão na mão. O suspeito teria subido numa motocicleta preta, guiada por Charly”, afirmou Carlos André.

Após o depoimento da testemunha, Charly foi preso na casa de parentes, no município de Maragogi, mas negou qualquer envolvimento no crime. Ele já tem a prisão preventiva decretada pelo homicídio de um homem conhecido como "Chocolate", em março deste ano.

O caso

A chacina da família foi registrada nas primeiras horas da manhã do domingo (08), no sítio Doce Mel, na AL 101- Norte, em Guaxuma. As vítimas foram Evaldo da Silva Santos, de 29 anos, Jenilza de Oliveira Paz, de 25 anos, e os filhos do casal: Maria Eduarda, de 9 anos e um garoto identificado apenas como Guilherme, de apenas dois anos de idade.

 Evaldo e Genilda são pais ainda de um terceiro garoto de iniciais A.S.S, de 5 anos. Ele também foi ferido, mas foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado, no Trapiche da Barra, onde se recupera após uma cirurgia.

O casal e dois filhos foram assassinados e tiveram seus corpos espalhados em várias partes do sítio onde moravam. Segundo informações dos primeiros policiais que chegaram ao local, alguns corpos foram esquartejados. Há suspeitas de que as vítimas tenham sido torturadas antes de serem mortas.

 

*Colaboradora