Os corpos do casal e dos seus dois filhos, vítimas da chacina que ocorreu neste domingo (08), no sítio Doce Mel, em Guaxuma, foram liberados do Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta segunda feira, e serão sepultados no cemitério Nossa Senhora do Ó, em Ipioca. A família, abalada e assustada com o crime pediu justiça e reforçou ameaças feitas por um antigo caseiro.
De acordo com Manuel João, primo do caseiro morto, Evaldo da Silva já havia comentado com ele que estava sofrendo ameaças do antigo caseiro. “Iremos buscar justiça, precisamos descobrir quem foi que cometeu esse crime. Estamos todos abalados com a forma brutal que aconteceu. O meu primo só estava trabalhando há duas semanas nesse sítio e a única coisa que tinha me dito, era que estava sofrendo ameaça do antigo caseiro” afirmou.
Até o momento, três testemunhas foram ouvidas pelo delegado José Carlos André, que investiga a chacina. A Polícia confirmou ter suspeitos do crime, mas eles continuam sendo procurados para que as mortes possam ser esclarecidas.
O caso
A chacina da família foi registrada nas primeiras horas da manhã deste domingo (08), no sítio Doce Mel, na AL 101- Norte, em Guaxuma. As vítimas foram identificadas como Evaldo da Silva Santos, de 29 anos, Jenilza de Oliveira Paz, de 25 anos, Maria Eduarda, de 9 anos e um garoto identificado apenas como Guilherme, de apenas dois anos de idade.
As crianças são filhas do casal. Evaldo e Genilda são pais ainda de um terceiro garoto de iniciais A.S.S, de 5 anos. Ele também foi ferido, mas foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado, no Trapiche da Barra.
O casal e dois filhos foram assassinados e tiveram seus corpos espalhados em várias partes do sítio onde moravam. Segundo informações dos primeiros policiais que chegaram ao local, alguns corpos foram esquartejados. Há suspeitas de que as vítimas tenham sido torturadas antes de serem mortas.
OAB de Alagoas divulga nota lamentando a chacina
Através da Comissão de Direitos Humanos e de toda a sua diretoria, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por meio de nota divulgada na manhã de hoje (09), solidariza-se com a dor da família enlutada e sente profundamente que mais um crime bárbaro tenha ocorrido na capital alagoana. A nota enaltece que a Comissão repudia qualquer tipo de violência e reforça o pedido para que os órgãos de segurança pública tomem as providências cabíveis neste caso, com rigor na apuração e na busca pelos culpados.
Veja na íntegra a nota:
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas, por meio da Comissão de Direitos Humanos e de toda a sua diretoria, vem a público repudiar e lamentar a morte de quatro pessoas da mesma família, no crime que ficou conhecido como “Chacina de Guaxuma”, ocorrido durante o final de semana, em Maceió.
A OAB solidariza-se com a dor da família enlutada e sente profundamente que mais um crime bárbaro tenha ocorrido na capital alagoana.
A Ordem repudia qualquer tipo de violência e reforça o pedido para que os órgãos de segurança pública tomem as providências cabíveis neste caso, com rigor na apuração e na busca pelos culpados.
*Colaboradora










