O inquérito policial que investiga a morte de quatro pessoas da mesma família, vítimas de uma chacina, ocorrida em Guaxuma, nesse domingo (08), será presidido pelo delegado Antônio Henrique Pinto de Farias - responsável pela investigação de crimes na região. 

Em contato com a reportagem do CadaMinuto, Farias informou  que uma das linhas de investigação seria de crime passional, mas outras hipóteses não estão descartadas.

"Só poderemos confirmar o nome de um suspeito quando conseguirmos efetuar a prisão com indícios de alguém. Estamos trabalhando no que concerne à cena do crime. Não divulgaremos nome de ninguém para que não aconteça justiçamentos", diz.

Ainda de acordo com Farias, o que reforça a  principal linha de investigação é a localização do corpo de Evaldo dos Santos, na cena do crime.

"A gente entende que era alguém que estava com raiva principalmente do Evaldo, até pelo local que o corpo foi encontrado, muito distante das outras vítimas", acredita.

A reportagem do CadaMinuto tentou entrar em contato com o delegado José Carlos André dos Santos - coordenador Geral da Delegacia de Homicídios, mas foi informada que ele estaria reunido com o secretário de Segurança Pública de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça. Ainda não se sabe o teor da reunião.

O caso

A chacina da família foi registrada nas primeiras horas da manhã deste domingo (08), no sítio Doce Mel, na AL 101-  Norte, em Guaxuma. As vítimas foram identificadas como Evaldo da Silva Santos, de 29 anos, Jenilza de Oliveira Paz, de 25 anos, Maria Eduarda, de 9 anos e um garoto identificado apenas como Guilherme, de apenas dois anos de idade. 

As crianças são filhas do casal. Evaldo e Genilda são pais ainda de um terceiro garoto de iniciais A.S.S, de 5 anos. Ele também foi ferido, mas foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado, no Trapiche da Barra.

O casal e dois filhos foram assassinados e tiveram seus corpos espalhados em várias partes do sítio onde moravam. Segundo informações dos primeiros policiais que chegaram ao local, alguns corpos foram esquartejados. Há suspeitas de que as vítimas tenham sido torturadas antes de serem mortas. 

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*Colaboradora