O que é?

 

Sendo o estado de Alagoas o berço de um mais importantes capítulos da história da humanidade: a resistência por mais de 100 anos contra o escravismo negro, ocorrido no Quilombo dos Palmares/ Serra da Barriga, o  Projeto Se Essa Rua Fosse Minha, uma iniciativa pioneira do Instituto Raízes de Áfricas, surge  como instrumento de intervenção político-pedagógica,( Lei nº 10.639/03), objetivando  promover a visão estratégica, sobretudo,  crítica a alun@s das séries iniciais, sobre a construção da  cidadania,  a partir do conhecimento e da   dimensão integradora da cultura negra.

Portanto é a  escola  o ambiente propício para a execução do “Se Essa Rua Fosse” que deve possibilitar a alun@s  de forma lúdica e prazerosa,  a  reinvenção,  reeducação de conceitos preconcebidos, como também a  construção da identidade, da auto-estima,  a partir do   conhecimento do quem vem a ser preconceito, racismo, escravismo, subalternidade,  igualdade e diferenças.

O foco principal do Projeto é  levar o conhecimento , tirar do anonimato e  assim buscar a preservação, o reconhecimento  de patrimônios afro-culturais esculturas, praças, monumentos, etc), espalhados pelas ruas, bairros da urbanidade de Maceió, capital de Alagoas, bem como abrir um leque na complexa tarefa de discussões em torno da diversidade cultural, existente   nestes espaços.

O Projeto é coordenado pelo Instituto Raízes de Áfricas e conta com o apoio logístico do SEBRAE e do Restaurante Bodega do Sertão.

Como será?

 

No dia 22 de novembro, ( domingo), trinta e cinco alun@s, na faixa etária, entre 10 e 11 anos, da Escola Municipal Paulo Bandeira, localizada no bairro do Benedito Bentes percorrerão, em um ônibus, caminhos da história negra em  ruas, bairros  de Maceió fazendo o reconhecimento do patrimônio afro-cultural, compreendendo-o como legado da humanidade, permitindo a tod@s o cultivo da memória comum, da história e dos testemunhos do passado, base da resistência negra.

Os pontos de memória que serão visitados: Aeroporto Zumbi dos Palmares, Praça Ganga Zumba ( Cruz das Almas), Estátua de Mãe Preta, ( Poço),  Baobá ( praça do Skate), Praça Palmares, Praça Zumbi dos Palmares, ( centro de Maceió), Palácio República dos Palmares ( centro de Maceió), Mirante Cultural ( Jacintinho).

É a memória reapropriada, redescutida e reinventada.

O Projeto se caracteriza, também, como enfrentamento a invisibilidade e ausência de investimentos institucional na ação de preservação da memória, pela lógica do respeito à  ancestralidade negra, como também fontes  do  turismo, emprego e renda.

Anterior  ao passeio cultural a professora Cássia Rego, condutora da ação na Escola Municipal Paulo Bandeira  vem exercitando com seu alunado o Hino da Negritude, do professor Eduardo Oliveira,  letra significados e importância histórica.

Além da letra do hino, as crianças apreendem sobre a história dos pontos de memória maceioenses, pois, serão el@as pequenos guias na  recontagem da história.

A culminância do Projeto acontece com a visita ao solo sagrado da Serra da Barriga, focando a questão da afirmação das raízes negras no Brasil, particularizando a realidade alagoana.

Dois banners de 80 x 4m serão colocados na lateral dos ônibus divulgando o Projeto e apoiadores.

A gravação da ação será realizada pelo Programa Nação da TV Educativa do RS (com  cedência de imagens para o Instituto Raízes de Áfricas), o qual será transformado em programa/documentário.

O Projeto Se Essa Rua Fosse Minha faz parte do Projeto Novembro Negro, idealizado pelo Instituto Raízes de Áfricas com o apoio institucional da Secretaria de Estado da Cultura e faz parte da programação oficial do Mês da Consciência Negra.