Pouco tempo depois de dois militares lotados no serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) serem mortos a tiros na Grota do Aterro, no Barro Duro, nesta sexta-feira (23), policiais militares que realizavam buscas na região deteram dois suspeitos de participar do crime.
O Coronel Marcos Sampaio, do Comando de Policiamento da Capital (CPC) afirmou que a polícia recebeu uma denúncia pelo 181 informando que dois suspeitos de participar do crime estavam escondidos nas proximidades. Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes para prestar depoimento. Ele disse também que a região não tem histórico de tráfico de drogas e acredita que as mortes tenham sido uma emboscada.
“Essa área não tem histórico de ocorrências. Acredito que foi uma emboscada, que eles tenham sido atraídos para o local, por algum informante. Estamos apurando essa linha também. É uma questão de honra capturar e apresentar esses criminosos”, disse.
Ele explicou que informantes não necessariamente são amigos da polícia. Em alguns casos, são dependentes de drogas e entregam informações para se livrar de cobranças de traficantes.
O crime
O soldado Alison Nascimento e o cabo Anderson Passos foram surpreendidos por homens armados quando realizavam investigações na Grota do Aterro, no início da manhã desta sexta-feira.
Eles foram baleados e ainda tiveram celulares e armas roubadas. Uma das principais suspeitas é que tenha ocorrido uma troca de tiros, mas os militares foram atingidos, não resistiram e morreram. O outro policial que ficou no veículo tentou pedir reforço, mas os atiradores fugiram.
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Um morador, que pediu para não ser identificado, disse que ouviu uma sequência de mais de 30 disparos por volta das 06h30, seguido de uma pausa e nova sequência de tiros.
O secretário de Segurança Pública (SSP), Alfredo Gaspar de Mendonça, esteve no local e afirmou que o Estado dará prioridade máxima a este caso e que já existe uma linha de investigação para a morte. "Daremos as respostas na hora certa. São heróis que foram abatidos. São 7 mil homens e mulheres arriscando suas vidas dia e noite pelo bem do povo alagoano", disse.












