Uma nova fase da Operação Canal do Rio, da Polícia Federal foi deflagrada em Alagoas, nesta quarta-feira (14) e voltou a prender cinco ciganos da mesma família por eles ameaçarem de morte testemunhas da investigação. Eles são acusados de crimes de agiotagem e empréstimo de armas para a prática de crimes.
Em coletiva realizada na sede da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá, o delegado André Costa, explicou que o grupo voltou a ser preso após realizar ameaças de morte a testemunhas ouvidas na investigação e seus familiares, caso eles repassassem à PF informações sobre a organização criminosa.
Os cinco ciganos, quatro deles são irmãos, foram presos no dia 10 de setembro em Igaci durante a primeira fase da operação. Eles chegaram a ser autuados pelos crimes de porte de armas e organização criminosa, mas por se tratarem de crimes fiançáveis, eles realizaram o pagamento da fiança e foram liberados.
“Recebemos informações de que eles estariam ameaçando matar pessoas arroladas pela Polícia Federal no processo de investigação, entramos com o pedido de prisão junto à 17ª Vara Criminal e hoje realizamos as prisões Eles ficarão detidos em regime de prisão preventiva, que pode durar até o julgamento ou não. Não vamos admitir que testemunhas sejam ameaçadas ou coagidas durante o processo investigativo. Se outros familiares do grupo preso fizer isto novamente, eles serão presos”, frisou o delegado.
Escrituras de doações de imóveis foram apreendidas com o grupo. A Polícia Federal investiga se essas pessoas realizaram doações ou pagaram ao grupo dívidas referentes a agiotagem. O delegado André Costa disse que um levantamento está sendo realizado sobre os nomes.
A 1ª fase da Operação Canal do Rio
No dia 10 de setembro seis pessoas, todas de origem cigana, foram presas durante uma força-tarefa comandada pela Polícia Federal. Cinco armas de fogos, munições, R$ 90 mil em espécie e mais de meio milhão em cheques foram apreendidos.
O Delegado Regional Alexandre Mendonça, disse durante coletiva de imprensa no dia das prisões que “além do que foi apreendido com a quadrilha, há a suspeita de tráfico de drogas e aluguel de armas de fogos. A investigação ainda é recente, os outros mandatos de prisão ainda serão cumpridos”. O grupo também possui ramificações em outros estados.










